Nada de smartphones e tablets às crianças menores de 2 anos. Palavra de pediatra


Zero telefones celulares para crianças. Uma associação de pediatrias italianos acaba de publicar um documento oficial sobre o uso de telefones celulares e outros dispositivos eletrônicos, em crianças de 0 a 8 anos de idade, pedindo para limitar e ou proibir o uso destes aparelhos.

Segundo estes especialistas, deve ser proibido o uso de smartphones e tablets, nas seguintes condições:

  • antes dos dois anos de idade,
  • durante as refeições
  • e antes dormir.

Os pediatras italianos analisaram as consequências da exposição aos dispositivos móveis, especialmente em crianças pré-escolares.

O relatório que vem depois de muitos estudos se concentrou nos efeitos negativos da exposição precoce e prolongada à tecnologia digital em crianças, desde a má-postura devida ao uso dos celulares, ao desenvolvimento emocional inadequado.

Muitas crianças hoje usam tablets e smartphones sem nenhum tipo de freio, e isso pode não apenas interferir no seu crescimento, mas também no aprendizado, no bem-estar, no sono, visão, audição e relacionamentos sociais.

Assim, enquanto na França foram proibidos o uso de telefones celulares em salas de aula, os pediatras italianos em suas diretrizes publicadas no Journal of Pediatrics pedem para limitar o uso destes dispositivos ao máximo de uma hora por dia para crianças entre 2 e 5 anos e máximo de duas horas por dia para aquelas entre 5 e 8 anos.

“Não criminalização das tecnologias digitais, mas como pediatras que se preocupam com a saúde física e mental das crianças, não podemos ignorar os riscos documentados da exposição precoce e prolongada dos smartphones e tablets – explica Alberto Villani, Presidente da Sociedade Italiana de Pediatria. Existem numerosas evidências científicas sobre interações com o desenvolvimento neuro-cognitivo, sono, visão, audição, funções metabólicas, relações entre pais e filhos”.

Pense nisso: telefones celulares distraem a díade pai-filho das interações face a face, tendo um grande impacto no desenvolvimento cognitivo, linguístico e emocional. E não só entre os efeitos colaterais do smartphone, há um total de distanciamento dos pequenos à realidade da vida, porque muitas vezes os pais dão aos seus dispositivos quando eles fazem o trabalho doméstico, para mantê-los quietos em casa ou em locais públicos, durante as refeições ou até para as crianças se adormentarem como se celulares fossem chupetas.

O que os pediatras esperam então é colocar limites nos pequenos e encontrar formas alternativas de entretê-los e acalmá-los. Os pais devem ser os primeiros a dar um bom exemplo limitando o uso dos celulares, porque sabemos que as crianças são grandes imitadoras dos adultos.

Vamos deixar o celular de lado e fazer outra coisa, junto com as crianças. Vamos descobrir o mundo longe da pequena tela!

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Redação greenMe

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