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Ter pele de bebê é sempre um elogio. Lisinha, macia, novinha em folha. No entanto, o que a pele dos pequenos tem de bonita, tem de frágil. São inúmeras as doenças que podem atingi-los nos primeiros anos.
Muitas delas se confundem por serem muito semelhantes em seus sintomas. Por exemplo, já ouviu falar de impetigo? Por ano, segundo a Agência de Saúde Pública do Canadá, mais de 100 milhões de pessoas são diagnosticadas com a doença. Em geral, é um problema benigno, desde que o tratamento seja feito corretamente.
Saiba agora tudo sobre o impetigo.
O impetigo é uma doença infecciosa, contagiosa, causada por duas bactérias: Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes.
No geral, esses micro-organismos vivem, sem causar problemas, no organismo humano, na boca, na pele e no trato respiratório. No entanto uma queda na imunidade, a presença de algum ferimento ou mesmo a manifestação de outras doenças podem desencadear o impetigo.
Ele é mais comum em bebês e crianças pequenas, mas atingem adultos também.
O tempo úmido, as más condições de higiene, as aglomerações, as lesões na pele e sistema imunológico debilitado são fatores de risco para o desenvolvimento dessa enfermidade.
Como mencionado, o impetigo é uma doença contagiosa, que pode ser transmitida por várias vias: contato direto com feridas ou secreções de pessoas infectadas e objetos contaminados.
Uma vez transmitida, a bactéria leva de quatro a dez dias para se manifestar.
Por ser contagiosa, é necessário que a pessoa contaminada fique isolada para não transmitir a doença, embora no período de incubação do impetigo já seja possível contagiar outras pessoas.
Entre os tipos de impetigo, o mais grave de todos é o ectima, que atinge as camadas mais profundas da pele, gerando úlceras, pus e deixando cicatrizes.
Essa forma da doença acomete principalmente os membros inferiores e pode ter como sintoma também o aumento dos gânglios linfáticos, reação que ocorre quando o sistema imunológico entra em ação para combater o agente agressor.
Além do ectima, há ainda duas formas da doença: o impetigo comum ou não bolhoso e o impetigo bolhoso.
O comum gera pequenas bolhas, muito parecidas com espinhas ou picadas de insetos, mas que quando estouram, não deixam marcas. Geralmente, acomete o rosto, mas pode surgir em outros lugares, como braços e pernas.
Costumam coçar bastante e são as formas mais comuns da doença.
Já o impetigo bolhoso, embora se assemelhe no começo com o não bolhoso, tende a evoluir mais rapidamente, produzindo bolhas maiores, cheias de líquido amarelo, em regiões como peito, abdômen e braços.
Essas lesões também podem coçar, mas não costumam deixar marcas.
Além do tratamento convencional, que, geralmente, inclui administração de antibióticos por via oral ou em forma de pomadas e cremes, é possível recorrer a medidas caseiras para auxiliar na cura do impetigo. Conheça algumas dessas possibilidades:
O alho é reconhecidamente um antibiótico natural e ajuda ainda a aliviar a dor e coceira, causadas pelo impetigo. Para utilizar o alho para esse fim, adicione 2 colheres (sopa) de óleo de gergelim e frite 2 ou 3 dentes de alho picados. Deixe esfriar, retire o óleo e passe no local da lesão uma ou duas vezes ao dia. É possível ainda incluir o alho cru na alimentação.
O calor também pode ser um importante auxiliar para matar as bactérias e secar as feridas. Para tanto, embeba um pano em água quente e aplique na região afetada, várias vezes ao dia.
O vinagre também pode ser muito útil no tratamento de lesões, como o impetigo. Para isso basta misturar uma colher (sopa) de vinagre branco e 2 copos de água morna. Passe a solução na pele infectada, com auxílio de um algodão. Depois, seque e aplique um óleo ou pomada antibiótica e cubra a área com gaze. Faça esse processo de duas a três vezes ao dia.
A batata também tem muitas propriedades interessantes: é antibacteriana e antioxidante, ajudando a eliminar as bactérias e proporcionando um maior estímulo para a cicatrização. Utilize a batata como curativo, cortando rodelas e cobrindo com gaze ou use a medida de 20g por litro de água e beba três xícaras ao dia.
O repolho também é muito útil para tratar o impetigo, tendo em vista que ele ajuda a deixar a pele mais saudável e auxilia na cicatrização das feridas. Para usar o repolho para esse fim faça um suco das folhas de repolho e beba essa mistura, várias vezes ao dia.
Utilize 1 colher (sopa) de óleo de amêndoa, ½ colher (chá) de óleo essencial da árvore do chá (Rosalina – Melaleuca ericifolia) e ½ colher (chá) de alfazema. Misture os ingredientes em um recipiente e aplique uma gota na lesão, várias vezes ao dia. A Melaleuca tem propriedades antibacterianas e a Alfazema, anti-inflamatórias.
A Aloe Vera tem propriedades antissépticas, antibacterianas e anti-inflamatórias. Ela ajuda a secar as feridas e reparar a pele. Para utilizar a Aloe vera, basta passar o gel da babosa na região afetada, deixando agir por 30 minutos. Faça esse procedimento de 2 a 3 vezes ao dia, por uma semana.
Faça uma infusão misturando 250ml de água fervente e 2 colheres (sopa) de calêndula. Deixe descansar por 20 minutos e aplique nas feridas, com auxílio de um algodão, três vezes ao dia. A Calêndula tem propriedades antimicrobianas.
Faça um chá com 1 colher (sopa) de hidraste em pó e 1 copo de água quente. Coe, deixe esfriar e passe nas lesões. Também é possível aplicar o creme ou loção de hidraste na pele várias vezes ao dia. O hidraste tem propriedades antissépticas e antibacterianas.
O extrato da semente de toranja atua como um desinfetante atóxico e pode ser bem útil no tratamento do impetigo. Basta adicionar algumas gotas do extrato e duas colheres (sopa) de água e aplicar a solução, com auxílio de um algodão, na região afetada, de duas a três vezes ao dia.
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