Acne neonatal – Como reconhecê-la e tratá-la


Pele com espinhas não é privilégio de adolescentes. Você sabia que recém-nascidos também podem enfrentar esse problema? A acne neonatal, como é conhecida, costuma aparecer em 30% dos bebês, principalmente em meninos, segundo um estudo publicado no Internacional Journal of Dermatology.

No entanto, apesar da aparência um pouco desagradável, a acne neonatal costuma ser inofensiva, e, na maioria das vezes, não precisa de tratamento.

Saiba abaixo o que é acne neonatal, quais são as suas causas e como tratar esse distúrbio da pele.

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O que é acne neonatal

A acne neonatal é uma inflamação de pele muito parecida com a que afeta os adolescentes. Na realidade os gatilhos da acne são similares: os hormônios e a oleosidade.

Ela é caracterizada por pequenas espinhas vermelhas, cravos, e, em casos mais raros, presença de pus.

Aparece por volta da terceira e quarta semanas de vida, e dura até os seis meses, em média.

As áreas mais afetadas são o rosto e as costas.

Vale lembrar que a acne neonatal é diferente da acne infantil. Essa última costuma aparecer depois dos 3 meses, é mais persistente e difícil de tratar. Pode durar, inclusive, até os três anos de idade.

Outra confusão que se faz com a acne neonatal é confundi-la com a famosa brotoeja, ou miliária, nome técnico da doença. A brotoeja costuma aparecer nos pontos do corpo do bebê que mais sofrem com o suor, como as dobras de pele, pescoço, rosto e mãos. Também costuma coçar.

Para saber a diferença entre uma e outra basta observar se há pontinhos pretos em volta das lesões. Se houver, trata-se de acne neonatal. Caso contrário, pode sim, ser brotoeja.

O que causa a acne neonatal

A principal causa da acne neonatal é a presença de hormônios da mãe no corpo do bebê. Durante a gestação, amamentação e pós-parto, o recém-nascido recebe uma carga hormonal materna que fica no corpo por meses. Como os poros do bebê ainda não estão totalmente desenvolvidos, a pele tende a inflamar, ficar oleosa e causar as espinhas e cravos. Há ainda uma importante influência genética no desenvolvimento da acne neonatal.

Acnes neonatais podem trazer complicações

Geralmente a acne neonatal é inofensiva. Ela costuma desaparecer, espontaneamente, até os seis meses de vida do bebê. Caso não suma, é importante pedir orientação de um especialista para saber se o pequeno não está com alguma alteração hormonal.

Quando a acne neonatal some, ela não deixa cicatrizes ou marcas.

Como tratá-las de uma vez por todas? Dicas

Na maioria dos casos, a acne neonatal não demanda tratamento, mas isso, evidentemente, precisa ser avaliado caso a caso.

No geral, algumas medidas podem ajudar a melhorar o aspecto da pele ou mesmo reduzir o tempo de presença da acne neonatal na pele do bebê.

Confira estas dicas:

  • Não esprema a espinha e cravos, pois isso só piora o quadro;
  • Não utilize óleos, pomadas e cremes específicos para acne, pois a pele do bebê é sensível e pode lesionar ainda mais.
  • Prefira sempre os produtos infantis mas, mesmo estes, prefira os que sejam de procedência confiável, com formulação realmente leve, sem perfumes, conservantes, etc;
  • Não esfregue a pele da criança ao fazer a higiene;
  • Use sabonete infantil de formulação bem leve e um pano macio para limpar a pele;
  • Evite hidratantes e produtos oleosos;
  • Use roupas de algodão no bebê, pois o suor agrava o quadro;
  • Limpe a saliva e a “golfada” sempre que possível.

Com estas medidas, a acne neonatal deverá desaparecer com o tempo e de uma vez por todas. Se persistir, como dissemos antes, consulte o pediatra. Mas não se apavore, os bebês são lindos de qualquer jeito. Aproveite essa fase, mesmo com a acne, pois tudo passa muito rápido!

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Cintia Ferreira

Paulistana formada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro, tem o blog Mamãe me Cria e escreve para greenMe desde 2017.


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