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Toda mãe já passou por isso. O bebê acaba de mamar, parece satisfeito, mas algo acontece: parte do leite que ele acabou de tomar volta, em forma de regurgitação, e, nessa hora, haja pano de boca para dar conta desse “prêmio”.
O que muita gente não sabe é que essa regurgitação pode ser causada por refluxo, um problema que acomete a maioria dos bebês, e raramente, leva à complicações.
No entanto, existe uma pequena porcentagem de crianças que continua enfrentando esse incômodo por mais tempo do que o normal. Por isso é importante saber bem o que é o refluxo, quando é preocupante, e o que fazer para evitar.
Todo mundo possui uma válvula entre o esôfago o estômago, chamada esfíncter, que se abre para a passagem da comida em direção ao estômago e se fecha logo depois.
Acontece que nos bebês esse mecanismo ainda está em desenvolvimento e o esfíncter do esôfago não funciona tão bem.
Além disso, por terem uma alimentação líquida, no início da vida, e ficarem muito tempo deitados, os bebês tendem a devolver o que foi ingerido com bastante frequência.
Um estudo realizado pela Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, fez um levantamento, em 1997, e apontou que 50% dos bebês de 3 meses costumam regurgitar pelo menos uma vez ao dia, chegando ao pico aos 4 meses e diminuindo para 5% nas crianças de 1 ano.
Costuma acontecer, principalmente, depois das refeições e durante o sono.
Na maioria das vezes, o refluxo não deve ser motivo de preocupação, pois com o tempo ele tende a desaparecer, com o amadurecimento do sistema digestivo da criança. No entanto, quando esse refluxo não é fisiológico, ele pode ser causado por alguma má formação ou por maus hábitos alimentares. Nesse caso, chama-se Doença do Refluxo Gastroesofágico, e precisa de tratamento, tendo em vista que afeta a qualidade de vida da criança e pode trazer complicações mais sérias.
Desconfie de que o bebê está com a doença quando ele apresentar sintomas, tais como:
Quando existe a doença do refluxo esofágico, a criança pode enfrentar dificuldades para ganhar peso, porque o alimento não para no estômago, o que dificulta a correta nutrição.
Além disso, existe a possibilidade de essa volta constante de alimento causar uma irritação no esôfago a ponto de gerar esofagite, que é a inflamação na mucosa do esôfago.
Algumas vezes, o refluxo pode atingir as vias respiratórias, causando chiados, pneumonia aspirativa – infecção do pulmão causada pela entrada de líquidos ou objetos contaminados provenientes do estômago – tosse e sinusite, por exemplo.
Nos casos em que o refluxo é causado pela imaturidade do sistema digestivo, existem algumas medidas que podem ajudar a amenizar os episódios de regurgitação:
Geralmente, quando o bebê começa a comer papinhas, o refluxo diminui, tendo em vista que a consistência pastosa ajuda na correta absorção dos alimentos pelo estômago.
Em alguns casos, o médico pode receitar medicamentos para minimizar os episódios ou então produtos para engrossar o leite ou fórmulas antirrefluxos.
Pode ainda pedir para a mãe parar de tomar leite de vaca e derivados, tendo em vista que os sintomas do refluxo podem ter como causa a alergia a algumas proteínas presentes no leite de vaca. Mas esses tratamentos só devem ser iniciados por recomendação do especialista, nunca por automedicação, pois isso pode piorar ainda mais o quadro.
Caso o médico desconfie de que o refluxo pode ser mais sério, ele solicitará mais exames e acompanhamento.
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