Índice
Existem assuntos que ninguém quer falar. Situações de vida que poucos estão dispostos a discutir, por incomodar demais, seja por ser tabu, seja por que é cruel em demasia. No entanto, eles fazem parte da realidade, de uma forma triste e secreta. É o caso do abuso sexual contra crianças.
Não tem jeito, é necessário – e urgente – falar sobre o tema. E mais do que isso, é preciso que os pais – os maiores responsáveis por proteger as crianças – saibam como orientar os filhos para que eles saibam o que fazer, caso passem por uma situação potencial de abuso.
Para evitar estatísticas como estas – dados do Disque Denúncia Nacional (Disque 100) mostraram que quase 18 mil crianças podem ter sido vítimas de abuso sexual em 2015, o que dá uma média de mais de 50 casos por dia. Segundo levantamentos do Conselho da Europa, uma em cada cinco crianças é vítima de algum tipo de violência sexual no mundo, sendo que na imensa maioria dos casos (entre 70% e 85%) a criança confia no abusador – Há medidas que podem ajudar a evitar que mais crianças passem por algo tão traumático, que deixa marcas para a vida toda.
Conheça cinco atitudes que você pode tomar para prevenir e combater esse crime:
Desde a primeira infância, é importante ensinar para a criança que ela não deve deixar as pessoas a tocarem, principalmente nas partes íntimas, nem mesmo de brincadeira. Por isso é essencial conversar sempre com os filhos e explicar que eles não são obrigados a ter contato físico com ninguém, que se alguém pedir isso, ela deve dizer não sempre.
A comunicação é uma das principais ferramentas que as pessoas têm para chegar a um entendimento. Muitas vezes, a criança pode apresentar sinais de que está sofrendo abusos, mas nunca falar sobre isso. É comum que o abusador construa uma espécie de relação de confiança ou de medo com a criança, e isso a intimida.
No entanto, se os pais mantém um diálogo aberto, respeitando e ouvindo o que o filho tem a dizer, é mais fácil que ela queira se abrir, pois sabe que tem em quem confiar.
Ensine a criança que não pode existir segredos entre vocês, e que tudo o que ela sentir e vivenciar pode – e deve – verbalizar.
Em conformidade com a importância do diálogo, é essencial também mostrar para a criança quem são as pessoas que ela pode confiar.
Nesse sentido, os pais precisam ficar muito atentos não somente aos desconhecidos que podem abordar a criança, mas também aos próprios familiares, tendo em vista que grande parte dos abusos acontece entre membros da família, muitas vezes, dentro de casa.
Nunca deixe a criança sozinha com pessoas que você não confie absolutamente. Isso é imprescindível para evitar situações que podem culminar em um abuso.
Ensine a criança que ela não deve confiar jamais em desconhecidos, que se houver uma situação no qual um estranho pede ajuda ou favores para a criança, ela deve sempre comunicar aos pais, e nunca ceder.
Aquela velha máxima de não confiar em desconhecidos tem sentido e deve ser respeitada. Infelizmente, os abusadores podem parecer pessoas boas e de confiança.
Não há como deixar a criança fora desse universo, tendo em vista que a tecnologia já faz parte da vida de todo mundo. No entanto, menores devem sempre ser monitorados para que os pais saibam o que eles estão fazendo no meio online. Existe uma rede de pedofilia em rede, que aproveita-se dessa facilidade de anonimato e interação para atrair as crianças.
Veja neste artigo como proteger as crianças da rede: INTERNET SEGURA: UM MINIGUIA PARA PROTEGER AS CRIANÇAS DA REDE
E este que contém dicas relativas a jogos como o Baleia Azul: “CHOCKING GAME”, O DESAFIO DO DESMAIO: VAMOS PARAR COM ISSO
ABUSO PSICOLÓGICO INFANTIL PODE SER TÃO (OU MAIS) PREJUDICIAL QUE O ABUSO SEXUAL
BACHA BAZI: O DRAMA DE MENINOS AFEGÃOS SEQUESTRADOS, ABUSADOS E FORÇADOS A SE VESTIREM DE MULHER
MENINAS-ESPOSAS: 5 COISAS A SABER SOBRE CASAMENTO INFANTIL
ASSINE NOSSA NEWSLETTER