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Números são extremamente importantes e estão por toda parte, isso é fato. Mas, não basta saber uma simples adição, é necessário saber utilizá-la no cotidiano. A matemática, nobre ciência exata de resultados concretos, é um dos pontos fracos do Brasil. De acordo com a classificação anunciada este ano pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil é uma dos piores do mundo em matemática: aparece em 133º numa lista com 139 países.
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Os números, porém, parecem não estar assombrando apenas o Brasil. Segundo Andreas Schleicher, diretor de educação da OECD (Organization for Economic Cooperation and Development), os estudantes americanos também enfrentam alguns gargalos quando o assunto é matemática. Para ele, a proficiência em matemática tende a reduzir drasticamente conforme avançam os anos de escola. Ou seja, conforme os problemas ficam mais complexos, menos se tem a capacidade de resolvê-los.
Isso pode estar diretamente relacionado a como os alunos encaram a matemática na hora de aprendê-la.
Em um recente estudo australiano , observou-se que os estudantes são mais engajados com matemática quando são capazes de perceber uma utilidade relevante da ciência para o seu cotidiano. Assim, os estudantes se saíram melhor em exercícios que propunham a utilização de dinheiro real, como empréstimos, lucro, taxas de interesse, fiança e perdas.
Isso significa que, além de ser importante para o pleno desenvolvimento cognitivo, a matemática será muito mais facilmente absorvida pelas crianças e jovens quando associada a atividades práticas de relevância para a vida.
Conforme o estudo acima, para que o ensino de matemática seja efetivo é necessário que haja interesse da criança ou do aluno. É preciso que as crianças a vejam como relevante para alcançarem seus objetivos. Assim, algumas dicas para ensinar matemática de forma relevante são:
Há quem não perceba, mas cozinhar tem absolutamente tudo a ver com matemática. Fazer um bolo, por exemplo, necessita de medidas, quantidades e tempos corretos. Uma maneira saudável e eficaz de ensinar matemática é cozinhando. Convidamos as crianças para um divertido momento na cozinha para preparar um pão, bolo ou doce natural e as incentivamos a controlar as medidas. Aos poucos, os números são naturalmente associados e as noções de quantidade e tempo serão absorvidas.
Muitos jogos podem ser extremamente eficazes no ensino da matemática. Como exemplo, no Brasil temos o aclamado Banco Imobiliário. Um sistema básico monetário que ensinará compra, venda, juros e etc. Além dele, há diversos outros, tal como o xadrez, jogo milenar capaz de melhorar a lógica, raciocínio, número de jogadas, cálculo e etc. Basta se dispor a passar algum tempo divertido com quem se deseja ensinar.
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Crianças também podem aprender finanças, especialmente no modelo de sociedade que vivemos. Elas podem ser educadas com a movimentação simples de dinheiro, como uma venda de produto usado (um brinquedo que não usa mais, por exemplo). Em feiras de artigos usados esta prática será muito comum. A criança poderá vender, comprar, e por que não negociar? Havendo a supervisão de um responsável, não há problemas.
Aarte de consertar e construir é matemática. Convide a criança ou adolescente para auxiliar em algum trabalho de manutenção do lar. Pode ser a construção de uma prateleira, uma estante ou um armário. Pode ser também a reforma de um cômodo que precisa ficar maior. Assim se aprende a calcular a quantidade de tinta necessária, cimento que será utilizado, tijolos, tábuas e uma infinidade de conceitos matemáticos, tudo naturalmente.
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Em casa ou no mercado, as crianças podem aprender o conceito de organização e categorização de alimentos. Peça para que façam pequenas etiquetas com determinadas classificações de alimentos (doce, salgado, perecível, não perecível) e então auxilie na organização. Pode-se então incentivar a fazer um balanço e até mesmo a calcular por quanto tempo aquela comida durará se for feita diariamente.
Enfim, são inúmeras atividades. O próprio dia a dia é repleto de situações que envolvem matemática e trazem conhecimento. Quando as crianças e alunos estiverem confortáveis com os conceitos acima, podemos então começar a abordar cálculos mais precisos das mesmas situações. Para ensinar o que sabemos, basta querer. Isso garantirá que a criança tenha um bom desenvolvimento cognitivo que apenas trará benefícios para a vida e saúde.
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