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O sucesso ou fracasso de um povo, tanto em âmbito social quanto financeiro, pode ser facilmente analisado ao se observarem os métodos de educação aplicados pelos gestores da nação.
No Brasil, o aluno é suspenso quando infringe as diretrizes da escola em que estuda. Nos Estados Unidos, a punição mais comum é o isolamento do aluno em uma sala fechada (detention). No entanto, uma revolução educacional parece estar lentamente abrindo os olhos dos educadores para um novo caminho: a meditação.
Não há dúvidas de que o sistema de ensino atual deveria ser prioritariamente projetado para preparar o aluno para a vida em sociedade. Desde cedo, a criança deveria ter contato não somente com o conhecimento científico, mas também com as diferenças culturais, e muito frequentemente sociais. Este cenário, se mal gerido, pode ser um verdadeiro tiro no pé da sociedade como um todo.
Na escola o aluno é orientado a aprender o que é certo e também o que é errado, tanto em termos teóricos quanto práticos. Nesta empreitada, o aluno não fica apenas exposto ao que os professores e educadores propõem ensinar, mas também aos seus atos. Para o bem ou para o mal, os alunos também aprendem a copiar o comportamento daqueles que se dedicam a ensinar.
Tão logo, um ambiente de ensino que aplique isolamento ou suspensão como técnica corretiva, educativa ou punitiva, ensinará ao aluno que esta é uma das formas de conviver com o meio. Ou seja, a punição será a regra primordial de conduta assim que as crianças tomarem seus papéis em sociedade fora da escola. Mesmo que aqui se aborde o isolamento ou suspensão como exemplo, o mesmo vale para qualquer outra medida punitiva tomada pelo(a) professor(a) (ex: retirar o celular do aluno, bloquear a internet, isolar o aluno em determinada carteira, constranger o aluno e etc.).
Na Escola Fundamental Robert W. Coleman, em Baltimore nos Estados Unidos, não existe isolamento ou suspensão, mas sim meditação:
“É maravilhoso, você não imaginaria que crianças pequenas meditariam em silêncio. Mas elas o fazem”
diz Kirk Philips, coordenador e pesquisador deste programa de meditação na escola. Além de Philips, o projeto também é organizado por Andres Gonzales que relata a eficiência e benefícios do método, pois “é assim que você acaba com o efeito de reação em cadeia, quando a mãe ou o pai teve um dia difícil e grita com os filhos e em seguida os filhos gritam com seus amigos na escola”.
Gonzales relata ainda o caso onde a mãe de uma aluna havia chegado estressada em casa quando a filha a surpreendeu dizendo
“Ei mamãe, você precisa sentar, eu preciso te ensinar a como respirar”.
Tudo graças às meditações da escola.
Enquanto adultos conscientes, somos todos responsáveis pela forma como nossas crianças são educadas, ou submetidas à educação. Não resta nenhuma dúvida de que a escola é uma das coisas mais importantes para o futuro de uma criança, um povo e uma nação. Isso é tão óbvio que mesmo os estudos mais simples associam o abandono escolar à criminalidade. As crianças aprenderão tudo o que ensinarmos, isso inclui as punições que aplicamos nelas. Se hoje punimos as crianças com o objetivo de corrigi-las, podemos ter certeza de que elas continuarão este ciclo.
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