Bonitinha, mas perigosa: faixa que enfeita a cabeça de bebê


Muitos pais e mães adoram enfeitar seus bebês, principalmente as bebês. Lacinhos, tiaras, faixas, pulseirinhas… Mas será que esses adornos são confortáveis para os bebês? Será que são seguros para eles?

Não vamos entrar aqui na questão estética, pois gosto cada um tem o seu, como diz a sabedoria popular. A questão que deve ser pensada é se a faixa é segura para a bebê. Segundo o osteopata José Eduardo, ele atendeu em seu consultório um caso de um bebê sofrendo de refluxo gastroesofágico e insônia. Apesar de várias causas poderem estar relacionadas ao problema, chamou a atenção do médico a criança estar usando uma faixa na cabeça.

A faixa pode comprimir a sutura occiptomastóide, e o nervo vago (que comanda o sistema gastrointestinal) passa próximo dessa região, logo o uso da faixa pode estar correlacionado com os sintomas.

Muitos estudos, de acordo com o especialista, já provaram que os ossos do crânio do bebê se movimentam. Desde o nascimento, os ossos do crânio fazem parte de um único tecido e, como a ossificação não está formada, permite uma flexibilidade articular relacionada com o funcionamento de todo o corpo da criança. Muitos fatores podem atrapalhar o movimento e a flexibilidade do crânio do bebê, entre eles a faixa.

Os bebês, que são muito espertos, dão sinais do incômodo que sofrem quando usam a faixa. Dentre eles:

  • O bebê se movimenta para tirar a faixa;
  • O bebê pode ficar inquieto ou sonolento;
  • Dorme mal no dia em que usou a faixa;
  • Aumenta o refluxo gastroesofágico no dia em que usou a faixa;
  • Alteração do funcionamento do sistema gastrointestinal.

O osteopata é o especialista que tem condições de correlacionar as disfunções do crânio com os sintomas do bebê. O tratamento deve ser acompanhado pelo pediatra da criança também.

Pense antes de colocar a faixa na cabeça da sua bebê. É bonitinha? Mas pode ser perigosa!

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Fonte: joseeduardoDO




Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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