Muitas teorias existem para como se deve educar bem uma criança. Muitos pensadores nos dizem, de formas diferentes, o que nossa reflexão pessoal também nos pode dizer. Mas, quando somos nós, pais, mães, os responsáveis pela educação do pimpolho, como é difícil a gente olhar para dentro, e tirar conclusões que nos deem segurança, não?
É fato: criança aprende fazendo, e imitando. E assim aprendem coisas boas e também as ruins. Então, educar os pequenos tem início na nossa atitude pessoal perante a vida, nas nossas crenças, no respeito que temos ao próximo, no carinho que sabemos demonstrar pelos que nos rodeiam, no respeito que temos pelo ser diferente, enfim, só depende de como nos apresentamos ao mundo. Esse é o espelho das nossas crianças. Disso não há como fugir.
Quando minha filha Rebeca, hoje mãe da Maria Clara, tinha 2-3 anos eu já pedia que ela tirasse os pratos da mesa depois de almoçar. Ela, pequenina, seria como só, se levantava e levava seu pratinho, sua colher, para a pia. Eu precisava de ajuda, com certeza, e a miniatura de mim, minha filha, ali estava para ajudar. Deu certo, graças a Deus! Na época não tinha tempo para ler pedagogias, nem Paulo Freire eu tinha ainda lido, é verdade, mas, de orelhada captava algumas dicas das mais velhas da família. Hoje ela, a Rebeca, é mãe e professora e, com muito mais propriedade que eu na época, educa sua filha e orienta seus alunos para que se tornem gentes de boa vontade e saber. Meu orgulho!
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Assim, errando e acertando, cheguei à conclusão de que a criança deve acompanhar todos os trabalhos da casa, na medida das suas possibilidade e, mesmo que os faça de má vontade – afinal, quem é que gosta de parar de brincar lá fora para vir varrer um pedaço de chão ou estender um lençol na cama, não é? – o resultado, à longo prazo, será o melhor possível. Existem tarefas mais adequadas, conforme as idades, claro. Também existem tarefas que não são possíveis a uma criança, tenha atenção a isso, por conta da segurança dos pequenos. Mas, uma coisa é certa, não faça pela criança aquilo que ela é bem capaz de fazer sozinha.
Hoje observo minha neta que, com seus 6 anos de idade já é uma menina de muita opinião – isso, às vezes, dificulta, ô se dificulta – que sente prazer em lavar a louça depois do almoço. Claro, é uma brincadeira estar em cima do banco, na frente da pia e esfregar bucha cheia de espuma nos pratos. Ela fica com a barriguinha toda molhada, claro, mas faz, e aprende a ser gente, principalmente.
O mais importante da educação de uma criança, a meu ver, é esse “aprender a ser gente” que equivale a adquirir os valores morais que nos norteiam a vida, ou que deveriam nortear, humana. Aprender a ser gente é aprender a ser humano, aprender a respeitar, amar, cuidar a vida como um todo, o outro como a ti mesmo, o planeta como nossa casa, a natureza como parte de nós e cada ser que a habita como a um irmão.
Pois é, gente, educando bem nossos filhos estamos formando, bem, a humanidade, construindo, bem, uma sociedade justa e equilibrada, fazendo bem à Terra.
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fonte foto: Biblioteca Virtual de Antroposofia
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