Quanta alegria os pais sentem ao verem seu bebê no berço, dormindo um soninho gostoso. Entretanto, quando o bebê acorda no meio da noite, que pai ou mãe já não despertou cansado ou em estado de alerta?
Essa dificuldade corriqueira ocorre, afinal, porque nos primeiros meses de vida os bebê acordam com muita frequência, quebrando a rotina dos pais.
Entretanto, segundo Fernanda Meirelles, psicóloga e especialista em saúde materno-infantil, essa “falta de sintonia” inicial entre os horários dos bebês e dos adultos se dá pela diferença entre os ciclos de sono. “O ciclo do sono dos adultos, ao longo da noite, dura de 70 a 90 minutos, o do bebê dura 45 minutos. No bebê, entre os ciclos, existe um leve despertar, já os adultos aprendem a não despertar entre o fim de um ciclo e o início de outro”, explica Fernanda.
Há muitos bebês que têm sono irregular e acordam bastante durante a noite. As características dos sonos de um bebê e de um adulto são muito diferentes, o que pode causar depressão pós-parto e problemas na relação do casal. O cansaço interfere, também, na interação, durante o dia, dos pais com o bebê.
A psicóloga dá várias dicas para ajustar melhor os horários dos pais ao dos filhos, como as sonecas pela manhã, que melhoram a qualidade do sono da noite, o bebê tomar sol pela manhã, algumas práticas que devem ser repetidas todas as noites antes de colocar o bebê na berço e a identificação dos sinais de sono do bebê.
Para o desenvolvimento do bebê, as sonecas durante o dia são fundamentais. Muitos pais acreditam que, mantendo o bebê acordado, ele irá dormir mais à noite. O sol é outro auxiliar, pois relaxa o bebê e libera serotonina, gerador da melatonina, hormônio irregular no bebê e que é estimulado durante a amamentação, sobretudo, a da noite. Os sinais que o bebê dá devem ser interpretados pelos pais, como o olhar vidrado, que não é um sinal de que o bebê está desperto, mas sim indica que ele está cansado.
Os adultos precisam estar atentos aos sinais dos bebês, que ficam estressados quando não são compreendidos. O efeito vulcânico, que é o bebê estar demasiadamente estressado, dificulta, posteriormente, que ele adormeça.
O bebê precisa de uma rotina consistente, que lhe sinalize o que vai acontecer depois. O ritual do sono noturno, que é o mais longo e profundo, merece uma atenção e um carinho especial dos pais. Algumas atitudes propiciam o relaxamento, como banho morno e massagem antes de dormir. Esse é um momento de conexão no ambiente do bebê, que precisa de um momento de tédio, isto é, o bebê precisa saber que nada vai acontecer depois.
O grande aprendizado é buscar, sempre, uma comunicação com o seu bebê, de forma que você consiga entender os sinais que ele dá, assim como ele, também, se sinta seguro com os seus sinais.
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