Repelente em crianças e bebês pode? O que usar?


Mosquito no ar? Cuide das suas crianças! Mas os pais se perguntam se pode e como podem passar repelente em crianças e bebês. Veja algumas ideias para você proteger os seus pimpolhos da picada de qualquer mosquito ou pernilongo, muriçoca ou borrachudo. O que importa é proteger a pele dos pequenos, e a sua também pois, fora os vírus e outros microorganismos que possam ser transmitidos, também tem o incômodo das picadas e, em muitos casos, as crises de alergia, tão chatas e dolorosas.

Proteja sua pele e a das crianças, com todas as possibilidades que você tenha.

No caso dos bebês, os pediatras em geral desaconselham qualquer tipo de repelente comercial antes dos 6 meses de idade. Depois disso, alguns médicos sustentam que devemos preferir repelentes com determinados componentes para que dê resultado no espantar o mosquito aedes. Sei lá! Eu, particularmente, fujo do uso dos repelentes com químicos, por mais inócuos que se diga que são.

Eu recomendo os repelentes feitos à base de óleo essencial de citronela, de cravo, canela, alecrim, manjericão, melaleuca e eucalipto – esses são cheiros saudáveis e dos quais mosquito nenhum gosta. A questão é encontrar um produto que tenha persistência na pele sem ter uma montanha de químicos para atrapalhar.

Aliás, de todos os óleos acima mencionados, o que tem demonstrado mais eficaz e persistente efeito contra o Aedes aegypti é mesmo o óleo de eucalipto, especialmente o da variedade Eucaliptus globulus que é riquíssimo no óleo essencial eucaliptol.

Sim, porque não adianta proteger a saúde com um produto que, a longo prazo te trará um problema mais grave, não é?

Crianças poderiam usar repelentes feitos com produtos naturais, isso já é sabido, mas é preciso mesmo consultar um pediatra mesmo para usar repelentes naturais comerciais, uma porque a eficácia pode não ser ótima e outra porque, mesmo naturais, podem causar alergias.

O que fazer?

Soluções naturais

Óleos essenciais

Se colocar o repelente natural comercial diretamente na pele da criança pode ser arriscado, que tal colocar o óleo essencial das ervas acima mencionadas, na roupa ou no carrinho do bebê? Ou seja, em um lugar perto mas não NO bebê. Sempre com o cuidado de perceber se o cheiro, apenas o cheiro, pode causar alergia ou irritação na criança.

Tule

Lembre-se também de colocar telas nas janelas e portas de sua casa, mosquiteiros nas camas, de adultos e crianças e, claro, um mosquiteiro no carrinho de bebê. Pode ser até mesmo um tule com um elástico costurado em casa mesmo.

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Antigamente o mosquiteiro fazia parte de qualquer enxoval, era de uso contínuo nas casas brasileiras, e deve voltar a ser.

Plantas e odores repelentes

Também é bom e ajuda ter dentro de casa vasos de plantas que espantam mosquitos, como o alecrim, o capim-santo, a erva-cidreira, a citronela, a camomila, os tajedes, e muitas outras, que podem ficar nas suas janelas e cantos mais ou menos sombreados.

Outra forma de espalhar cheiros bons, em casa, é ter ramalhetes de folhas e flores, pendurados nos cantos, ou como sachets, nos armários. As flores de alfazema, por exemplo são ótimas dentro de armários pois, para além de espantarem os mosquitos, afastam também as traças.

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Roupas de cores claras

Outra opção natural é cobrir as partes expostas da criança e do bebê com tecidos naturais, algodão por exemplo que é fresco. Mas nesse calor é duro manter as crianças com roupas de manga e calças compridas. Enfim, se o calor não estiver de lascar, ou à noite, vale a pena esse método que além de natural, protege razoavelmente bem. Use cores claras, branco de preferência.

Repelentes para crianças e bebês

Mas, se a sua opção é o repelente comprado em farmácia, aconselho você a ter em conta as orientações dadas pela dermatologista Ana Regina Trávolo em entrevista à Rádio EBC (ouça a íntegra da entrevista aqui).

Segundo a sua orientação, não use repelentes em bebês de zero até os seis meses de idade, e desta até os dois anos, só use repelente cuja base seja o IR3535. Para crianças acima de dois anos pode-se usar também o repelente à base de Icaridina e DEET.

O repelente químico tem limite de passar no corpo, o repelente natural não tem. Mas, enfim, se você usar o repelente químico, alerta a dermatologista, que este só deve ser passado uma vez ao dia, nos bebês menores, e sua duração é, em média, de 4 horas, portanto, você deverá usar também outras medidas de proteção na sua criança, e sobre essas, já falamos acima, não é?

Manter seu bebê em locais bem ventilados, com telas e mosquiteiros para além de roupas de pernas e mangas compridas são uma solução.

Como usar o repelente em crianças?

O uso de repelentes químicos a partir dos dois anos e até os sete, pode ser de até duas vezes ao dia e, para os mais velhos, incluindo gestantes e adultos, até 3 vezes ao dia.

Também é bom lembrar dos horários nos quais os mosquitos estão mais ativos, e aumentar a proteção: o aedes está mais ativo entre as 9 da manhã e às 3 da tarde, já o culex, entre as 5 da tarde e as 8 da noite. O anopheles, prefere horários de final de tarde e começo de manhã. Vendo bem, o dia todo teremos algum mosquito, pois o culex também é ativo a noite toda.

Dá-lhe tela nas janelas e mosquiteiros nas camas. Óleos essenciais, plantas repelentes e roupas de manga comprida. Tudo vale a pena e a atenção não deve ser pequena. Manter a casa limpa, sem água parada e também na vizinhança deve ser lembrado. Veja abaixo outras dicas para manter os mosquitos longe da nossa família.

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Redação greenMe

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