Os melhores e os piores países para se ter um filho


Brasil? Sabemos que você imagina que o nosso país não é exatamente o melhor para se criar filhos. Mas quem mora no exterior, inclusive na Europa, pode pensar que o Brasil é ótimo, pois seria um país de clima bom, com boa comida e principalmente muita alegria. Por outro lado, para nós que conhecemos bem a nossa terra, é interessante saber que existem países muito piores por aí. Conheça o ranking STATE OF THE WORLD’S MOTHERS 2015 elaborado pela organização Save The Children e saiba quais são os melhores e os piores lugares para as crianças crescerem.

Esta é a 16ª edição do relatório da organização que cuida de crianças no mundo inteiro, incluindo o Índice das Mães

Neste ranking, como nas edições anteriores, os países escandinavos se classificaram no topo da lista, por obterem altas pontuações em todos, ou na maioria, dos indicadores utilizados na classificação.

Todos os dias, 17.000 crianças morrem antes de completarem cinco anos. Cada vez mais, essas mortes, evitáveis, ocorrem nos bairros pobres das cidades, onde ao lado dos arranha-céus e dos shopping centers existe superlotação e falta de higiene. 

Em muitos países em desenvolvimento, nas áreas urbanas, as crianças mais pobres têm, pelo menos, duas vezes mais chances de morrer, do que seus correspondentes mais ricos. Em alguns países, a taxa de mortalidade infantil é ainda de 3 a 5 vezes mais elevada.

Os indicadores

O Índice das Mães usa os dados mais recentes sobre a saúde das mulheres e das crianças, sobre educação escolar, prosperidade econômica e sobre a participação política das mulheres, para poder classificar os 179 países de uma lista onde o Brasil ocupa neste ano, o 77° lugar.

Os melhores

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O primeiro país no ranking é a Noruega, que apresenta os melhores valores em todos os indicadores utilizados, seguida da Finlândia, que no ano passado ficou em primeiro lugar, e depois da Islândia, Dinamarca, Suécia, Holanda, Espanha, Alemanha, Austrália e Bélgica.

Os piores

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No final do ranking, os países menos adequados para as mães e seus bebês é a Somália (179ª posição), depois da República Democrática do Congo, da República Centro Africana, Mali, Níger, Gâmbia, Costa do Marfim, Chade, Guiné-Bissau, Haiti e Serra Leoa. 

Em média, uma criança na Somália vai para a escola apenas por 2,2 anos, no Níger as crianças recebem menos de 5 anos e meio de educação formal, enquanto na Eritreia, quatro anos de educação é a média. Na Austrália e na Nova Zelândia, por exemplo, as crianças permanecem em média na escola por mais de 19 anos.

Mortalidades infantil e materna

As crianças mais pobres da África e da Ásia têm, pelo menos, duas vezes mais probabilidade de morrerem antes de completarem cinco anos de vida, por causas simples e evitáveis, em comparação com crianças que vivem em áreas urbanas mais ricas. Particularmente em 11 países – Bangladesh, Camboja, Gana, Índia, Quênia, Madagascar, Nigéria, Peru, Ruanda, Vietnã e Zimbábue – o risco é ainda maior: no Camboja e em Ruanda é quase 5 vezes maior, Quénia 4. Na Somália, uma criança a cada sete não chega a completar cinco anos e, uma mulher a cada 18, morre de causas relacionadas com a gravidez ou o parto; o mesmo acontece a uma em cada 20 no Níger. Em Angola e Serra Leoa uma criança a cada seis morre antes dos 5 anos. 

Na Islândia, o mesmo acontece a uma criança em cada 476. Em Bangladesh, o risco de não chegar aos cinco anos é 3 vezes maior para as crianças mais pobres; mais de 50% das crianças que vivem nas favelas sofrem de desnutrição crônica. Mesmo em Nova Deli, na Índia, mais da metade (58%) das crianças mais pobres são subnutridas, em comparação a 20% das crianças mais ricas. 

Quanto às mães, em Dhaka, capital de Bangladesh, apenas 11% das gestantes têm a possibilidade de fazer os exames pré-natais recomendados, em comparação aos 77% das mulheres mais ricas; apenas 6% das mulheres dão à luz na presença de um especialista em comparação aos 77% das mães ricas. Na Índia, apenas 27% das mulheres fazem as visitas pré-natais necessárias, em comparação aos 93% das mães ricas e 56% das crianças estão vacinadas contra o sarampo em comparação aos 98% aos seus correspondentes ricos.

Ranking países para ter filho

O que se conclui do índice é que a desigualdade impera no mundo onde mesmo em áreas urbanas de países em desenvolvimento mas com boas infraestruturas sanitárias e de educação, como hospitais, escolas, etc, o acesso a estes bens é muito difícil por parte dos mais pobres.  

Já nos casos dos países que ocupam os últimos lugares do ranking, estes são na sua maioria países prejudicados por crises humanitárias, instabilidade, conflitos e fraca capacidade dos seus governos, o que deixa as condições de vida das mães e das crianças muito difíceis. Violência e guerras levam à escassez de alimentos e desnutrição, causando o colapso até mesmo de sistemas de saúde sólidos, como se vê na Síria. Além disso, emergências decorrentes de casos de saúde como o vírus Ebola e catástrofes como o terremoto devastador no Nepal, também afetam em muito as condições de bem-estar das crianças e de suas mães.

Veja aqui o relatório completo do Save The Chlidren

Leia também: Brasil no fim da lista em qualidade de vida




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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