15 Dicas para Combater o Abuso Infantil


Educar crianças não é das tarefas mais fáceis, na realidade talvez seja a mais difícil. Na correria do dia a dia, é comum que a rotina atropele o cuidado básico que todos os pais devem ter em enxergar a educação como um exercício contínuo. Nesse sentido, um dos ensinamentos mais importantes é dar as ferramentas para que as crianças aprendam a se defender de eventuais abusos.

Evidentemente, elas são seres indefesos e precisam sempre da tutela dos cuidadores para quase tudo, mas algumas medidas muito simples podem ajudá-las a entenderem melhor que sexo não é brincadeira. E isso incluí, por exemplo, evitar a hipersexualização infantil, a precocidade, a intimidade com desconhecidos, entre outras coisas.

Confira abaixo algumas ótimas dicas que podem ajudar a combater o abuso infantil.

1. NÃO FORCE A INTIMIDADE

Respeite a vontade da criança, ela não deve jamais ser obrigada a abraçar ou beijar ninguém, mesmo que um familiar e, “por educação”. A vontade da criança deve ser respeitada. Se ela disser que não quer, compreenda que é um ser humano dizendo que não quer ter intimidade forçada com alguém.

2. NADA DE COLO ALHEIO

Não incentive o seu filho a sentar no colo dos outros – Isso inclui os mais próximos, como tios e primos. Evidentemente, quase todo mundo encara essa ação de modo natural, mas não se pode esquecer que abusadores infantis se escondem e são, em sua maioria, do próprio núcleo familiar.

3. CRIANÇA NÃO NAMORA

Evite também incentivar brincadeiras de cunho amoroso, dizendo, por exemplo, que seu filho está “namorando” alguém. Pode parecer inofensivo, mas a criança não entende ainda o que são as relações amorosas, e isso só serve para estimular a precocidade sexual dela.

4. CRIANÇA NÃO CASA

Não permita que ninguém trate seu filho como “marido” ou “esposa” – Essa atitude só confunde a cabeça da criança e deve ser evitada a todo custo.

5. CUIDADO AO LIDAR COM A NUDEZ

Embora alguns especialistas defendam que se evite ficar nu perto das crianças pequenas, a opinião mais disseminada é que isso seja feito apenas até o momento em que for confortável para os pais e para a criança. Tomar banho junto do seu filho de dois anos não a fará se interessar por sexo mais cedo. Conforme a criança cresce, ao chegar aos 4, 5 anos, recomenda-se respeitar a privacidade dela, tendo em vista que nessa fase já há uma maior consciência corporal.

6. ATENÇÃO AO COMPORTAMENTO DA CRIANÇA

Fique de olho no comportamento da criança com relação às outras pessoas. Por exemplo, se o seu filho não gosta de ir na casa de determinada pessoa ou, ao contrário, gosta muito de ir, isso deve servir como alerta. Pode não significar nada, mas crianças dão pistas de que há algo acontecendo com elas. É sempre importante ficar ligado.

7. TRATE O SEXO DE MODO NATURAL

Não crie na cabeça da criança tabus em relação ao sexo. Quando ela começar a perguntar a respeito do assunto, seja verdadeiro, mas pontual. Dê respostas que vão ao encontro da faixa etária da criança e ensine-a a lidar com a sexualidade com naturalidade.

8. DÊ NOME AOS BOIS

Desde cedo, ensine também os nomes corretos dos órgãos sexuais. Isso evita que a criança cresça reprimindo e achando “errado” tudo o que está relacionado ao sexo. Por que vagina e pênis são chamados de perereca e pirulito, entre 1.000 outros nomes? Não deve haver nenhuma vergonha em dizer va-gi-na, pê-nis, assim como não temos vergonha em dizer braço, olhos, costas, etc.

9. PRESTE ATENÇÃO ÀS BRINCADEIRAS ENTRE OS AMIGOS

Crianças descobrem a sexualidade entre elas sim, e isso é natural. No entanto, fique de olho em eventuais abusos que podem ser cometidos entre crianças. Essa temática, embora pouco discutida, gera as mesmas consequências dos abusos cometidos pelos adultos. Diga e ensine ao teu filho que ele não deve se sentir obrigado fazer nada do que não queira com os amigos.

10. NÃO CONFIE, NUNCA, EM DESCONHECIDOS

Parta sempre do princípio de que qualquer pessoa pode ser um eventual abusador, e evite, ao máximo, permitir muita proximidade de seu filho com quem você não conhece bem.

11. SEM INVADIR, MONITORE A VIDA ONLINE DO SEU FILHO

A partir do momento que a criança passa a ter mais autonomia, é importante continuar fazendo o monitoramento, de modo não invasivo, da vida online dela. Algumas dicas de segurança na rede, como não permitir que ela se tranque no quarto para usar o computador, ajudam, e muito, a evitar a ação de potenciais abusadores. Coloque o computador em lugar de circulação de pessoas na casa.

12. CUIDADO COM A EXPOSIÇÃO NAS REDES

Converse com a criança sobre os perigos de se expor nas redes sociais. Ensine ela a evitar a exposição por meio de imagens, endereço, nome de escola, entre outros (ensine-a a usar os filtros da privacidade e a não aceitar “amizade” de estranhos). Os pais também devem ter especial cuidado ao postar fotos dos filhos. Nunca publique imagens que deem pistas da rotina da criança, ou que a mostrem seminua, por exemplo.

13. ENSINE-A A RESPEITAR O PRÓPRIO CORPO

É na infância que se forma boa parte da personalidade. Por isso, é importante orientar a criança a respeito da importância de respeitar a si mesmo, cuidar do próprio corpo e nunca deixar que a toquem, sem o seu consentimento.

14. DÊ UM BASTA À CULTURA SEXUAL

A hipersexualização infantil também passa pelas informações que a cultura de massa transmite, diariamente. Embora seja impossível evitar o contato, é essencial restringir o acesso dos filhos a conteúdos impróprios para elas.

15. MANTENHA SEMPRE O DIÁLOGO

Seja sempre a pessoa que seu filho vai procurar para conversar a respeito de tudo, inclusive, de sexo. Tenha uma comunicação aberta com a criança, desde cedo, para que ela confie que pode contar o que se passa com ela sempre. Esta é a dica mais importante de todas. Esteja sempre disponível e aberto para ouvir os problemas dos próprios filhos.




Cintia Ferreira

Paulistana formada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro, tem o blog Mamãe me Cria e escreve para greenMe desde 2017.


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