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Qual é o melhor país para ser criança? A Noruega. E o pior? O Níger. O novo ranking vem do relatório “Infância roubada” do Save the Children.
De acordo com esta instituição, para pelo menos 700 milhões de crianças em todo o mundo, a infância termina muito cedo à causa da desnutrição, dos conflitos, da violência, dos casamentos precoces e da gravidez na adolescência. E até mesmo por causa da falta de acesso à educação.
Níger é o pior país, onde as crianças mais sofrem e onde elas mais expostas estão aos riscos para suas vidas. Em segundo lugar vem a Angola, seguida de Mali, da República Centro-Africana e na Somália.
Do outro lado do ranking, entre os países onde as crianças vivem melhor estão a Noruega, a Eslovênia e a Finlândia.
Brasil ficou com a péssima 89ª colocação dentro de um total de 172 países analisados. As causas sabemos bem, entre as mais preocupantes, assassinatos, gravidez e casamento precoces.
A organização, juntamente com o dossiê, apresentou o primeiro índice global sobre a infância roubada, que compara dados de 172 países ao redor do mundo e examina onde a infância das crianças está mais ou menos ameaçada.
1 em cada 6 crianças tem negado o seu direito à educação, 168 milhões de crianças estão envolvidas em trabalho infantil, enquanto mais de 16.000 crianças menores de 5 anos morrem diariamente por doenças evitáveis.
Mais de 156 milhões de crianças no mundo têm problemas de crescimento por causa da desnutrição e 28 milhões é o número de pessoas que fogem de guerras e perseguições.
Também se relata a infância preocupantemente negada às meninas: a cada 7 segundos,1 menina menor de 15 anos se casa, a cada 2 segundos uma menina dá à luz uma criança.
No ano passado, no mundo, a cada 80, 1 criança viu-se obrigada a fugir de suas casas para escapar da guerra e da perseguição: são cerca de 28 milhões de menores, dos quais 10 milhões são refugiados crianças, 1 milhão de requerentes de asilo e 17 milhões de deslocadas internamente por causa da guerra.
Em relação ao trabalho infantil, embora o número tenha se reduzido de um terço em relação a 2000, no mundo de hoje cerca de 168 milhões de crianças ainda são forçadas a trabalhar para sustentar a si e a suas famílias. Destas, 85 milhões fazem trabalhos muito pesados e perigosos. As taxas mais elevadas de crianças envolvidas no trabalho infantil estão na África subsariana, em Mali (56%), Benim (52%), Guiné (51%) e Somália (49%) no topo do ranking.
Quanto a situação das meninas-esposas. A cada 7 segundos 1 menina com idade inferior aos 15 anos se casa, muitas vezes forçadas pelos pais. O Níger é o lugar onde mais isso acontece, com 60% dos jovens do Níger entre 15 e 19 anos já casados.
Depois do Níger, no quesito casamento infantil, vem a República Centro-Africano (55%), Bangladesh (44%) e o Sudão do Sul (40%), mas também na Europa, com mais de uma menina a cada 10 (11%) que se casa antes dos 18 anos.
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A Noruega, por outro lado, é o país com menor percentual no mundo (0,1%) de meninas que se casam entre 15 e 19 anos.
“É inaceitável que em 2017 milhões de crianças em todo o mundo continuem a ser privadas de suas infâncias e do direito de estar em lugar seguro para crescer, aprender e brincar. Devemos e podemos fazer mais para garantir um futuro melhor, até à última criança”, disse Valerio Neri, diretor geral da Save the Children.
Para ver o dossier completo, clique aqui.
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