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Na década de 1930, na Finlândia, um programa de incentivo a melhores cuidados na maternidade criou a caixa de bebê – um kit com roupas, agasalhos, colchão e outras objetos necessários aos cuidados do recém-nascido – que era entregue a toda mãe que fizesse o pré-natal. Isso foi há 80 anos atrás e, ainda se considera uma ótima ideia.
Tão boa ideia que outros países já a estão pondo em prática!
Em 2013, quando saiu a primeira reportagem sobre as caixas finlandesas (BBC 04.06.2013 ) o mundo ficou sabendo, a ideia se espalhou e hoje alguns estados dos Estados Unidos, o México e a Inglaterra estudam aplicar essa “boa ideia” como incentivo às políticas públicas de prevenção à morte súbita de bebês, ao controle de Aids pré-natal e à redução da mortalidade infantil.
Os efeitos esperados são adicionais aos cuidados pré-natais – a visita obrigatória ao médico, os exames, os conselhos – que são a razão primeira do incentivo e o que, realmente, reduz a taxa de mortalidade infantil.
O conteúdo da baby box do Canadá – Fonte foto
Os estados norte-americanos de Ohio e Nova Jersey esperam, com a caixa de bebês, ajudar a reduzir o número de mortes súbitas de recém nascidos pelo simples fato de, com a caixa, proporcionar aos novos pais um berço para os filhos, mais adequado do que o dormir em suas camas, onde pode haver risco de sufocamento.
“A pesquisa nos diz que dois dos fatores que contribuem mais para morte súbita são o nascimento prematuro e métodos de sono inseguro “, explica Margaret Larkins-Pettigrew, médico da Case Western Reserve University School of Medicine.
A síndrome da morte súbita não é uma doença – é assim chamada a morte de recém-nascido sem causa determinada e, geralmente, ocorre durante o sono. Pode ser resultante de uma falha no sistema de sobrevivência que travaria a respiração da criança. De qualquer forma, a morte súbita parece estar, de alguma forma, relacionada com os seguintes fatores de risco:
● bebê deitado com a barriga para cima
● bebê deitado em colchão ou travesseiro mole
● bebê coberto com edredom de penas
● bebê em local onde há fumantes ativos, fumaça ou poluentes
● bebê de mães de pouca idade
● não realização de pré-natal
● nascido prematuro de peso ou baixo ao nascer
● presença de infecções respiratórias
A Finlândia conseguiu, com a distribuição da caixa de bebê, reduzir as mortes de recém-nascidos de 65, em 1938, para 1,3, em 2013, em cada mil nascituros. Esta é uma vitória a preço barato para o estado e de muito valor para as mães que, sem esse presente, não poderiam comprar todos os produtos necessários: macacões de frio, fraldas, roupas diversas, brinquedos apropriados e muito mais.
Segundo os finlandeses, o conteúdo da caixa é alterado conforme as necessidades de incentivar esta ou aquela ação – então, para incentivar o aleitamento materno, a caixa deixou de levar mamadeiras e chupetas que antes continha, por exemplo, e funcionou.
Uma caixa de bebês na Índia contêm mosquiteiro e instrumentos para facilitar o parto.
Na África do Sul a caixa é de plástico, mais parece uma banheira.
Fonte foto
Esta é a caixa de bebê inglesa:
Fonte foto
Também já se pensa em aplicar a caixa de bebê como incentivo pré-natal na Austrália e no Canadá, cada país adequando o conteúdo da sua caixa à questão mais premente de saúde pública local.
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