12 de Outubro: Nossa Senhora, salve nossas crianças das redes!


As crianças de hoje nasceram de celular nas mãos. Elas estão no TikTok, no Instagram, no Facebook, no Youtube mas não estão nas ruas, brincando entre elas, na casa de amiguinhos, socializando. E isso é um perigo!

Nossa Senhora, salve nossas crianças das redes. Elas não sabem o que é viver a vida real, cair, ralar o joelho, chorar e se levantar… prontas para outras quedas.

Nossa Senhora salve nossas crianças da “proteção” das redes. A vida lá fora é “perigosa”, tem briga, tem machucado, tem frustração mas é real, e o real ensina.

Crianças precisam de socialização

Com a pandemia do coronavírus até a escola ficou virtual (para aqueles que podem), mas isso não é bom. Se já estamos vivendo o dilema das redes, o risco é daqui a pouco vivermos o dilema do ser humano.

As relações que já estavam enfraquecidas com a interação virtual, agora, com o medo de contágio, com o fechamento de escolas, bares, restaurantes, cinemas, shows, locais de socialização, o risco de não nos conectarmos mais de maneira real é grande. E isso é perigoso para nossa humanidade, principalmente para as crianças que nasceram na era da tecnologia digital.

É claro que a internet tem coisas maravilhosas e é um instrumento maravilhoso de estudo, de pesquisa e até de socialização entre pessoas que estão distantes, e que não podem se ver. Mas é preciso parcimônia.

Também é preciso considerar que a pandemia é um momento peculiar para a humanidade, durante o qual, deveríamos manter o que aprendemos e bom, e recusar o que não servir para o nosso crescimento pessoal e coletivo.

©Ali Smith/Pexels

Hoje vemos pessoas reunidas, cada uma em sua ilha, cada uma com seu celular na mão. E se são pessoas adultas, que nasceram entre 1980 e 1995 (as Gerações X e Y), são pessoas que souberam o que é não estar conectado o tempo todo em algum dispositivo eletrônico. E se estas pessoas, hoje, estão assim “viciadas”, imagina o que será de nossas crianças se não pusermos um freio nisso?

A proposta não é impedir o acesso às redes (até porque talvez isso seja muito difícil senão impossível) mas fazer um uso inteligente delas e, sobretudo, nunca substituir a interação real, a socialização verdadeira, com aquela virtual.

Muito de nossa humanidade depende disso e confiamos um futuro melhor através das nossas crianças.

Pensem nisso e um super Feliz Dia das Crianças 2020!

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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