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Amamentar é um ato de amor mas, como sabem as mães que amamentam ou amamentaram, não é fácil. Talvez fosse útil se houvesse um leite tão bom quanto o leite materno em termos nutricionais, seja para as mães que não podem amamentar, seja por uma eventual questão de praticidade. No entanto o leite materno segue sendo insubstituível embora uma pesquisa recente tenha, tentado, demonstrar que as qualidades do leite materno possam ser adicionadas ao leite em pó.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o bebê deve ser alimentado com leite materno exclusivamente até os 6 meses e preferivelmente até 2 anos de idade. A recomendação da Organização Mundial da Saúde não é por acaso. A amamentação da criança até os 2 anos de idade é primordial na formação do organismo e da mente da criança.
O leite materno possui propriedades essenciais para que haja o bom desenvolvimento da criança, garantindo bactérias e anticorpos necessários para uma vida saudável, pois ajuda a incrementar e desenvolver o sistema imunológico e biológico da criança. No presente momento, o leite materno não pode ser substituído por leite em pó ou por qualquer outro tipo de leite.
Até então, a substituição do leite materno por leite em pó sempre foi motivo de polêmicas no mundo científico. Isso é dito, pois, segundo a ciência, as propriedades do leite materno (com seus açúcares que alimentam as boas bactérias no intestino do bebê) não estão presentes no leite em pó. Mas, segundo uma pesquisa recentemente publicada no Journal of Human Nutricion, coordenada pela companhia Abbott, os açúcares que são naturalmente encontrados no leite materno podem ser colocados na fórmula de leite em pó, garantindo assim os mesmos benefícios do leite materno.
A pesquisa observou um grupo de bebês alimentados por leite materno e outro alimentado exclusivamente com a nova fórmula de leite em pó contendo as supostas propriedades do leite materno. Segundo os pesquisadores, os resultados teriam sido surpreendentes e teriam demonstrado que os bebês alimentados pelo leite em pó em questão, tiveram uma resposta imunológica similar aos bebês que foram alimentados com leite materno. Além disso, os bebês alimentados com a nova fórmula se mostraram muito menos propensos a desenvolverem eczemas. Desta forma, o leite em pó da Abbott teria se mostrado tão eficiente quanto o leite materno no desenvolvimento imunológico dos bebês, segundo argumentaram os pesquisadores para o Daily Mail.
“É bom que a indústria esteja fazendo progresso no desenvolvimento de leite em pó para que fique cada vez mais similar ao leite materno” diz o Dr. Nicholas Andreas pesquisador do Imperial College London, em resposta à pesquisa. “Temos a obrigação moral de melhorar a fórmula do leite para crianças cujas mães não possam amamentar“, continua.
“No entanto, dizer que a partir de agora o leite em pó pode ser tão bom quando o leite materno para o desenvolvimento do sistema imunológico das crianças seria uma enorme mudança”, pois “há centenas de diferentes fatores bioativos presentes no leite materno, e diversas outras funções que não existem no leite em pó“, complementa Andreas.
A pesquisa coordenada pela Abbott, além de ser suspeita, pois a empresa é uma grande companhia norte-americana de produtos farmacêuticos e de cuidados com a saúde, é limitada a um pequeno grupo de crianças, e não representa a totalidade para uma afirmação precisa.
Ainda não há nenhuma pesquisa em larga escala que comprove que algum leite em pó seja capaz de trazer os mesmos benefícios que o leite materno para o desenvolvimento da criança. Portanto, até então, o leite materno continua sendo insubstituível.
Só as mães que amamentam ou amamentaram sabem: não é fácil apesar de ser um momento de amor, uma experiência única! O peito doi, a dieta precisa ser controlada, a mãe se cansa demais e ainda recebe crítica o tempo inteiro. Basta ver o noticiário recorrente de mães que foram expulsas de lugares por simplesmente amamentarem seus filhos.
A amamentação deve ser encorajada apesar de todas as dificuldades. Além do leite ser materno ser insubstituível em termos nutricionais, ele também é insubstituível em termos afetivos. Mas as mães que precisam voltar ao trabalho, podem tirar o leite e o papai pode dar o leite materno na mamadeira para ajudar a mãe. O importante é tentar prolongar a amamentação o máximo possível para o bem-estar da criança e da família pois, se o bebê ficar doente, é ruim para todo mundo.
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