Método Montessori: 10 dicas para liberar todo o potencial do teu filho


Para Maria Montessori, a criança deve ser livre para explorar o ambiente em que vive, aproveitando ao máximo da sua curiosidade natural. E isso significa muito! Significa que elas mesmas deveriam ser os motores de busca de seus próprios potenciais.

Vejamos então 10 dicas para ajudar o teu filho a liberar todo o seu potencial.

1. Descobrindo talentos

Cada criança, e cada pessoa, é um ser único que deve ser respeitado em todas as suas características e peculiaridades. Às vezes não é fácil entender que o teu filho não será o engenheiro ou o médico que você sonhou. Mas ele pode ser tudo aquilo que ele mesmo sonhou para ele.

O que fazer?

Deixe a criança poder se expressar com toda a sua sinceridade naquilo que mais lhe atrai.

Pais e educadores deveriam se conter em ajudar as crianças a fazerem aquilo que elas podem fazer sozinhas. A descoberta, a aprendizagem, no fundo no fundo, é natural, não deveria ser imposta. No Método Montessori, pais e educadores podem ser mediadores ou facilitadores do grande aprendizado que é a vida. Observe teu filho e o estimule naquilo que ele, não você, considera importante, interessante e divertido.

2. Bom em matemática, ruim em português?

Em termos educacionais, o método funciona através dos materiais didáticos desenvolvidos pelo gênio que foi Maria Montessori. Com tais instrumentos, as crianças aprendem “sozinhas” a escreverem, lerem, fazerem contas, etc. Existem regras claras e precisas mas, neste método, as crianças são livres para se aprofundarem mais ou menos naquilo que elas escolherem.

O que fazer?

No geral, na vida, no dia a dia, não precisa frequentar a escola Montessori para poder aplicar alguns de seus preceitos, muito úteis principalmente para liberar o potencial das crianças. Ninguém pode ser bom em tudo e, se teu filho é mais propenso à matemática por exemplo, você não pode esperar que ele seja igualmente bom em português. Mais vale estimulá-lo no que ele gosta do que “exigir” um bom desempenho em tudo, ou naquilo que você, ou a sociedade, decidiram ser melhor para ele.

3. Superdotados x pessoas com deficiência

Existem crianças superdotadas que nem sempre vão bem na escola (falamos aqui sobre isso). Por outro lado, existem crianças diagnosticadas com problemas cognitivos, ou com deficiências intelectuais mais ou menos graves, que nem sempre são incompetentes ou incapazes como se pensava antigamente (aliás, o Método Montessori nasce dessa premissa básica e respeita o tempo que cada um tem para aprender ou assimilar informações).

O que fazer?

No caso da criança superdotada, esteja atento para erros de diagnóstico (às vezes podem parecer hiperativas ou distraídas demais pois são gênios e precisam desenvolver grandes capacidades). No caso de crianças com problemas cognitivos, esteja atento para suas outras habilidades e estimule-as. Não existe alguém bom em tudo nem tampouco alguém ruim em tudo e, lembre-se, cada um tem seu próprio tempo.

4. Errar, errar e errar mais uma vez

Não adianta forçar. Infelizmente, na escola, no trabalho, em relacionamentos amorosos, enfim, em tudo, a gente só aprende errando, é ou não é? Adiantam conselhos, livros, professores? Não! Infelizmente só mesmo a experiência é capaz de ensinar.

É muito difícil, senão impossível, querer evitar a queda, o sofrimento de um filho, desde quando ele vai pela primeira vez tirar as rodinhas da bicicleta à quando ele sai pela primeira vez para a balada com os amigos. Portanto, lembre-se, pais e educadores são apenas mediadores, só a vida, a experiência ensinam. Talvez um dos maiores erros dos pais é tentar, demasiadamente, proteger os filhos.

O que fazer?

Não significa que você vai levar a criança no parquinho e esperar que ela caia uma vez para nunca mais cair de novo. Significa apenas que você vai orientar o teu grande-pequeno filho para os possíveis erros da vida.

5. Calma, paciência e concentração

Na vida, tudo requer espera, paciência e calma para poder se concentrar e efetuar bem as tarefas. Inclusive para poder desenvolver e liberar talentos, é preciso muito de tudo isso.

O que fazer?

Leia este nosso artigo sobre o pote da calma que ajuda a criança a se acalmar nas horas mais críticas de birra e capricho. Ter inteligência emocional e saber controlar os momentos de raiva, é fundamental para o nosso bem-estar e pode ser útil até para a nossa sobrevivência.

6. Positividade

Se é verdade que pensamentos positivos não levam a nada – pois a lei da natureza é forte o suficiente para provar que não basta pensar positivo se não houver uma ação correspondente por trás de um esforço – pensar negativo é igualmente inútil.

O que fazer?

Para ajudar teu filho a desenvolver suas potencialidades, ensine a perseverança, o pensamento positivo, mas ensine também o quão importante é a ação. De qualquer forma, acreditar em si, em suas capacidades é o motor sem o qual nunca se poderia partir em busca da felicidade. Pensamento negativo, desistência, etc, não servem à nada.

7. Novas oportunidades

Para Maria Montessori é importante que a criança tenha um ambiente diversificado que lhe permita viver tantas experiências, diferentes e estimulantes. Senão, como fazer para que elas descubram seus próprios gostos?

O que fazer?

Tente ao máximo possível mostrar a diversidade do mundo aos filhos: viagens, espetáculos, pessoas diversas, comidas, atividades, esportes. Isso além de lhes estimular a curiosidade, fará com que, devagar, descubram a si mesmas seus gostos, suas preferências.

8. Elogios certos

As crianças, e as pessoas em geral, têm sempre mais de uma qualidade. Aos filhos, dizemos sempre “lindo”, “fofo”, “amor”. Tudo muito bem com estes elogios mas existem elogios mais construtivos: “como você é generoso!”, “atencioso!”, “cuidadoso!” e por aí vai.

O que NÃO fazer

Que tal evitarmos elogios materiais que não ajudam a desenvolver o potencial da criança, porque se referem à qualidades externas? “que roupa linda”, “que cabelo lindo” e por aí vai.

9. Menos TV

Bom, isso é claro, como desenvolver a capacidade de um ser que pacata e pacivamente recebe tudo por meio de um veiculo eletrônico? Não dá, por mais que hoje em dia existam esses desenhos animados “interativos”.

O que fazer?

Desligue a TV, simples assim! Desligue-a totalmente ou na maior parte do tempo.

10. Ouça, veja, observe teu filho

Por fim, parece fácil mas não é. Um filho é parte da gente e isso envolve tanto as nossas qualidades como os nossos defeitos, bem como as nossas expectativas e frustrações. Não se preocupe! Freud explica! Mas o que quero dizer é, escute mais o teu filho e tente colocar os teus ideais em segundo plano. Separar as coisas pode ser difícil mas, para ajudar realmente o teu filho a desenvolver e liberar os seu (s) talento (s), é preciso estar bem atento, olhos, ouvidos, sexto sentido. Todo mundo quer somente ser feliz. Isso é pouco mas é certo!

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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