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O governo australiano decidiu implementar uma política apelidada de “no jab, no pay“, algo do tipo: “sem vacina, sem benefício“. A ideia é fazer com que os pais vacinem seus filhos sob pena de deixarem de receber os benefícios que o governo dá às famílias, e que chegam a 11 mil dólares australianos, ao ano por filho.
Exceções podem ser feitas às famílias que se opõem à vacinação, por questões religiosas ou filosóficas. Além do conceito filosófico ser muito amplo e discutível, a discussão mundial levantada por cientistas e entidades ligadas à saúde pública é se tais objeções não estariam contribuindo para o crescimento de doenças antes erradicadas ou diminuídas, como aconteceu com o surto de sarampo, que assombrou os Estados Unidos no início deste ano.
Tendo em vista o problema, o governo australiano anunciou que irá restringir o número dos casos de exceções religiosas e médicas para a não vacinação infantil. A medida deverá entrar em vigor no começo do ano, mas os australianos estão se movimentando e criaram uma petição online já com mais de 3 mil assinaturas de pessoas que não querem ser forçadas a vacinarem seus filhos.
A filosofia do movimento que cresce no mundo inteiro leva em consideração três pontos principais:
Para cada surto de doença que surge, como por exemplo o Ebola, subitamente se fala em desenvolver vacinas que controlem o problema. Vacinas para gripe e para o HPV não existiam pouco tempo atrás. O que o movimento antivacina questiona é se essa mania de vacinar não estaria contribuindo para o desenvolvimento das superbactérias.
Muitos acreditam que esse o crescente número de vacinas é nada mais nada menos que uma forma das empresas farmacêuticas ganharem mais dinheiro.
Considera-se também que privar o próprio organismo de se defender naturalmente das doenças que o acometem, possa lhe prejudicar. Para muitas doenças simples, como a gripe, por exemplo, o organismo é totalmente capaz de se curar sozinho, sem o uso de medicamentos, o que ajudaria a desenvolver superbactérias e enfraqueceria o organismo, formando uma verdadeira bola de neve.
O movimento antivacinas cresce no mundo inteiro e também no Brasil, onde o Ministério da Saúde detectou que a taxa de imunização na classe A é menor que nas outras classes.
A questão é complicada, por uma lado os governos temem surtos de doenças, por outros as pessoas prezam pela sua liberdade de escolha. Qual é a sua opinião sobre esse assunto?
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Fonte foto: freeimages.com
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