5 Mitos sobre Bebês que Precisamos Derrubar Urgentemente


Eles são fofinhos, cheirosinhos e apaixonantes. No entanto, quem convive intensamente com um sabe que, além de todas as coisas boas, os bebês podem ser um pouquinho complicados. Os cuidados com eles, especialmente nos primeiros meses, levam muitos pais a se sentirem angustiados, confusos, sem saberem se estão ou não fazendo “certo” na criação desses pequenos. Por isso, vale ficar de olho em alguns mitos que envolvem os cuidados com bebês pois, além de confundirem a cabeça de muitos adultos, causam prejuízos psicológicos nas crianças e contribuem para uma sociedade menos amorosa e mais ansiosa.

Bebê precisa mamar de 3 em 3 horas

Ao contrário do que muitos pensam, o hábito de cronometrar as mamadas do bebê não é bom para ele. O ideal para que o neném cresça engordando e saudável é a livre demanda. Mas, afinal o que é a livre demanda? Como o nome sugere, é dar o peito para o bebê quando ele pedir. Simples assim! No decorrer da História, sempre foi dessa forma. Esse hábito de estipular horário é uma invenção moderna. Porém é o bebê que sabe o nível de fome que ele está no dia e qual hora ele sente fome; é impossível que a mãe, por mais bem-intencionada, que seja saiba os horários que isso vai ocorrer. Então, aposte na livre demanda. É o melhor para os bebês. Além disso, o leite da mãe é produzido na medida em que o bebê suga, e os nutrientes que o neném precisa vão variando durante as mamadas, sendo que o leite do início da mamada tende a ter menos gordura do que o do final.

Bebê tem que ser gordinho

É muito comum que a “prova” de que o bebê esteja crescendo saudável é que ele tenha aquelas dobrinhas, que todo mundo ama. Quanto mais gordinho, mais saudável, certo? Errado! Além da importante questão de que cada bebê é único, tem uma herança genética e um desenvolvimento único, bebês muito gordinhos podem ficar mais predispostos a doenças futuras, como obesidade e problemas cardiovasculares, como afirma o pediatra Atual Singhal, chefe do Centro de Pesquisa em Nutrição na Infância do Instituto de Saúde da Criança (Inglaterra), que tem inúmeras pesquisas na área. O importante é acompanhar o desenvolvimento do bebê junto com o pediatra, que vai avaliar se a curva de crescimento está adequada. Isso evita, por exemplo, que se recorra a fórmulas desnecessariamente.

Bebê não pode ficar no colo o tempo todo

Muitas pessoas acreditam que bebê que fica no colo o tempo todo se torna “viciado” e nunca mais quer descer dali. Evidentemente, esse é um mito. Logo que nasce, o recém-nascido precisa do colo. Não à toa, bebês humanos demoram por volta de 1 ano para ensaiarem os primeiros passos: isso porque eles são dependentes da atenção e cuidado de um adulto e o colo é tão importante para um bebê quanto comer e dormir. 

O colo para o bebê fornece segurança, acolhimento, afeto e os ajuda na transição que eles estão passando entre a vida intrauterina e o mundo aqui fora. Em muitas culturas, como as orientais e indígenas, é natural que os bebês passem bastante tempo no colo, especialmente com apoio de carregadores de pano. E, essas são culturas nos quais as crianças têm uma autonomia que não ocorre nos países ocidentais. Bebês que ficam bastante no colo tendem a chorar menos também. É só ganho para eles.

Tem que deixar o bebê chorar

Muitos acreditam que deixar o bebê chorar é bom para “ensiná-lo” a esperar e não “manipular” os pais. No entanto, bebês não têm capacidade de manipulação, que é uma técnica requintada que exige um nível de amadurecimento cerebral que os nenéns não têm. Ao deixar um bebê chorando por muito tempo, os cuidadores, na verdade, estão ensinando que ele não pode contar com aquele cuidador, o que pode atrapalhar o desenvolvimento emocional deles. Bebês choram porque essa é única forma que eles têm de se comunicar.  Já existem estudos que mostram que a dor da separação que o bebê vivencia quando fica longe do cuidador é parecida com a dor física.

Bebê precisa de chupeta

Não, o bebê não precisa. Simples assim. Evidentemente, quando nascem, os recém-nascidos têm um instinto de sucção muito grande, porém isso ocorre justamente para que eles consigam e sintam vontade de se alimentar. A chupeta, no entanto, é apenas uma invenção humana, utilizada, muitas vezes, para “acalmar” o bebê. Porém um bebê que mama em livre demanda, que tem colo suficiente tende a ser mais calmo. Além disso, em situações nas quais o bebê chora é necessário entender o que ele quer, ao invés de colocar uma chupeta na boca dele, de imediato. A chupeta pode causar uma confusão de bicos, e fazer o bebê mamar menos do que deveria. Pode ainda prejudicar a dentição, a mastigação, a respiração e até mesmo a fala. Então, se puder evitar, melhor. Bebês não precisam disso.

Fontes:

  1. Revista Crescer
  2. Dr. Roberto Cooper, pediatra
  3. Blog Grupo Mama
  4. Blog Mamar ao Peito

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Cintia Ferreira

Paulistana formada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro, tem o blog Mamãe me Cria e escreve para greenMe desde 2017.


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