Não obstante os prováveis prejuízos à vida marinha, a mineração em águas profundas internacionais já tem data prevista.
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O oceano pede ajuda urgente!!! Já não basta o lixo nas profundezas do oceano, o descaso com as espécies e o ambiente marinho, aí vem mais uma bomba: a mineração em águas profundas (em inglês: deep mining sea).
A mineração em águas profundas é o processo de extração, e frequentemente escavação, de depósitos minerais do fundo do mar.
Ou seja, é o processo de recuperação de depósitos minerais do oceano abaixo de 200 m.
O interesse por estas ‘jazidas’ minerais do fundo do mar está aumentando cada vez mais, devido ao esgotamento dos depósitos terrestres de metais como:
A grande demanda por esses metais está aumentando também por causa da alta demanda para produção de tecnologias como smartphones, turbinas eólicas, painéis solares e baterias, principalmente de carros elétricos.
Mesmo sabendo cientificamente que esta prática pode destruir ecossistemas, habitats e acabar com espécies marinhas, a mineração em águas profundas internacionais, já tem data prevista: terá início em 2026.
A mineração nas águas profundas dos mares e oceanos pode ser extremamente prejudicial.
Como o mar profundo é pouco estudado e mal compreendido, existem muitas lacunas em nossa compreensão de sua biodiversidade e ecossistemas. Isso dificulta a avaliação dos impactos potenciais desse tipo de mineração.
O que sabemos é que o fundo do mar contém uma extensa gama de características geológicas misteriosas, isso inclui:
Com base nos conhecimentos atuais sobre os oceanos, os seguintes impactos das atividades de mineração podem afetar a biodiversidade e os ecossistemas profundos marinhos da seguinte forma:
A escavação e medição do fundo do oceano por máquinas podem alterar ou destruir os habitats do fundo do mar.
Isso leva à perda de espécies, muitas das quais não são encontradas em nenhum outro lugar, e à fragmentação ou perda da estrutura e função do ecossistema.
É o impacto mais direto da mineração em alto mar e os danos causados são provavelmente permanentes.
A mineração em alto mar pode agitar sedimentos finos no fundo do mar, criando plumas de partículas suspensas, processo que é agravado por navios de mineração que descarregam águas residuais na superfície.
Os cientistas estão pesquisando como essas partículas podem se dispersar por centenas de quilômetros, levar muito tempo para se restabelecer no fundo do mar e afetar os ecossistemas e espécies importantes ou vulneráveis.
Por exemplo, essas plumas podem sufocar animais, prejudicar espécies que se alimentam de filtros e bloquear a comunicação visual dos animais.
Espécies como baleias, atuns e tubarões podem ser afetadas por ruídos, vibrações e poluição luminosa causada por equipamentos de mineração e embarcações de superfície, bem como possíveis vazamentos e derramamentos de combustível e produtos tóxicos.
A mineração em águas profundas deve ser proibida até que mais pesquisas e estudos científicos, além dos critérios especificados pela IUCN sejam atendidos, incluindo:
O mar é um interesse de todos e seus recursos minerais são patrimônio comum da humanidade.
Infelizmente, a situação está mais avançada do que pensamos:
Até maio de 2022, a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA), que regula as atividades nos fundos marinhos além da jurisdição nacional (‘a Área’), emitiu 31 contratos para explorar depósitos minerais em alto mar.
Mais de 1,5 milhão de km 2 de leito marinho internacional, aproximadamente do tamanho da Mongólia, foram reservados para exploração mineral.
É um descaso total!
Mesmo sabendo que a mineração em alto mar pode prejudicar irreparavelmente os ecossistemas marinhos e limitar os muitos benefícios que o mar profundo oferece à população.
O oceano grita: S.O.S!
Leia mais sobre o assunto no site da IUCN.
Fonte: iucn.org
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Categorias: Sociedade
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