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A era do TikTok: dancinhas, vídeos curtos, conteúdos que não acrescentam muito… Cada vez mais as pessoas estão viciadas no aplicativo que viralizou em todo o mundo.
Para quem não conhece, parece até ser atraente e divertido. No entanto, o uso indevido do TikTok pode afetar nossa saúde mental.
O TikTok se tornou uma das redes sociais mais populares nos últimos tempos, principalmente entre os mais jovens. Crianças, adolescentes (e muitos adultos) podem passar horas percorrendo os tais vídeos curtos.
E embora isso pareça uma ótima forma de entretenimento, também traz riscos significativos.
Um estudo buscou entender como o aplicativo afeta o cérebro e chegou a conclusões interessantes.
O TikTok encontrou uma fórmula que cativa e envolve, portanto, é importante que estejamos cientes de seus riscos e consigamos usá-lo com moderação.
Embora o TikTok não ofereça nada que já não tenha sido visto em outras plataformas digitais, a verdade é que ele combina uma série de recursos que o tornam especialmente atraente:
Você pode dizer: nada diferente do Reels do Instagram e do Watch do Facebook certo? Certo! Só que no TikTok só tem vídeos e disponibilizados no formato acima descrito: a receita do sucesso da empresa e do fracasso para os usuários. Aliás, usuśrio, é a terminologia correta.
E é assim que o TikTok afeta o cérebro, ativando poderosamente o sistema de recompensas graças às descargas de dopamina geradas ao assistir a cada um de seus vídeos.
Isso não apenas proporciona prazer imediato, mas também o uso do aplicativo fica registrado como uma atividade desejável que tendemos a repetir.
Isso te pareceu um vício, uma dependência química? Pois é….
Sem dúvida, redes sociais, telas e principalmente aplicativos como o TikTok influenciam na atenção e concentração das crianças, principalmente por períodos prolongados.
Os jovens estão numa fase particularmente vulnerável. O córtex pré-frontal (responsável pelo controle de impulsos, memória e atenção) não termina de se desenvolver até aproximadamente 25 anos de idade.
A exposição a esse tipo de estimulação (em que se oferece conteúdo e gratificação instantânea) pode influenciar negativamente no desenvolvimento dessas habilidades cognitivas.
Usar o TikTok nos deixa impacientes e dificulta o adiamento da gratificação.
O app nos acostuma a obter reforços com facilidade e rapidez, e nos faz perder o interesse por tudo o que exige tempo e esforço.
Infelizmente, na vida real, paciência, perseverança e capacidade de adiar recompensas são altamente necessárias.
Tal como acontece com outras redes sociais, o uso excessivo pode ser prejudicial às interações humanas reais.
Por mais gratificante que seja a socialização virtual, o contato humano e o estabelecimento de redes de apoio são essenciais para o nosso bem-estar, e é cada vez mais comum negligenciarmos esse aspecto investindo nosso tempo e energia em redes.
Além disso, os mais novos são expostos a conteúdos impróprios, imprecisos e distorcidos.
É muito comum crianças e adolescentes se compararem com as “vidas ideais” e os “físicos perfeitos” que veem online, sem realmente se dar conta das mentiras, parcialidades ou uso de filtros que veem nesse conteúdo.
Isso pode gerar problemas de autoestima e levar a transtornos psicológicos.
É até possível que o algoritmo alimente problemas de saúde mental emergentes ou existentes. E é que não mostra apenas um conteúdo agradável e marcante, mas também aquele relacionado aos medos e preocupações de cada pessoa.
Por exemplo, alguém com depressão ou transtorno alimentar pode estar mais exposto a conteúdos relacionados a essas condições.
Por fim, uma das maneiras pelas quais o TikTok afeta o cérebro é causando vício em alguns usuários.
Isso é relativamente fácil de acontecer devido ao imediatismo do conteúdo e à precisão do algoritmo.
Podemos passar horas e horas explorando o aplicativo sem perceber o tempo decorrido e deixando de lado outras atividades e áreas vitais de extrema importância.
Além disso, é comum ter problemas para parar de usar o aplicativo, mesmo quando consideramos que já faz muito tempo e queremos parar.
Embora esta rede social (como tantas outras) envolva riscos e inconvenientes, não se trata de demonizá-la.
É possível apreciar e aproveitar seu conteúdo desde que saibamos manter limites saudáveis.
É essencial:
Principalmente com crianças e adolescentes que usam o TikTok: estabeleça limites, monitore e fique atento aos conteúdos que estão sendo visualizados.
Sobretudo, incentive-os a ter uma vida para além do mundo virtual!
Fontes:
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Categorias: Sociedade
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