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Agressão verbal pode doer mais do que uma agressão física.
Sem drama: as palavras realmente ferem e podem deixar marcas pro resto da vida de uma pessoa.
Entre críticas e elogios, o que iremos lembrar, o lado positivo ou lado negativo?
Na maioria das vezes, os comentários negativos é que ficam na memória ao invés das palavras e momentos bons.
E isso se deve a um fenômeno chamado viés da negatividade.
De acordo com Roy Baumeister, psicólogo social da Universidade de Queensland, na Austrália, e coautor do livro The Power of Bad: And How to Overcome It, isso nos faz prestar atenção especial às ameaças e exagerar os perigos.
Segundo o psicólogo, funciona assim: o cérebro humano evoluiu para proteger nossos corpos e nos manter vivos, e possui 3 sistemas de alerta para lidar com novos perigos.
E é desde que nascemos:
Com apenas oito meses, os bebês se viram com mais urgência para olhar a imagem de uma cobra do que de um sapo mais amigável;
Aos cinco anos, aprendem a priorizar uma cara de raiva ou medo, em vez de uma feliz.
Baumeister diz que focar primeiro nos problemas pode ser uma boa estratégia:
“Primeiro, se livre dos (aspectos) negativos e resolva os problemas. Essencialmente, estanque a hemorragia”.
Mas, embora focar no lado ruim possa nos manter seguros em situações extremas, o viés da negatividade pode se provar inútil no dia a dia.
Por exemplo, todo mundo conhece aquela pessoa que consome as notícias bárbaras do jornal.
E isso pode ser parcialmente verdade!
Os pesquisadores mostraram que os leitores são naturalmente atraídos por histórias calamitosas e são mais propensos a compartilhá-las com outras pessoas.
Rumores sobre fatos ruins (mesmo que sejam mentirosos), se espalham com muito mais facilidade do que rumores que poderiam ser benéficos.
Vai entender!
Em um estudo, cientistas da Universidade McGill, no Canadá, usaram a tecnologia de rastreamento ocular para analisar em que notícias as pessoas prestavam mais atenção.
Descobriram que os participantes geralmente escolhiam histórias sobre corrupção, reveses, hipocrisia e outras más notícias, em vez de histórias positivas ou neutras.
As pessoas que estavam mais interessadas em temas da atualidade e política eram particularmente propensas a escolher notícias ruins. Mas, quando perguntadas, diziam que preferiam as notícias boas.
E, comprovadamente, os estudos mostram que o que as notícias que lemos e assistimos podem aumentar nossos medos.
Para Randy Larsen, professor de ciências psicológicas e cerebrais da Universidade de Washington em St Louis, as emoções negativas duram mais do que as felizes.
Ele descobriu que a tendência é passar mais tempo pensando em eventos que não deram certo do que os bem sucedidos.
E isso pode explicar os traumas que ficam pro resto da vida devido a um comentário negativo.
Em alguns casos, comentários negativos de pessoas que amamos podem provocar feridas mentais duradouras e ressentimentos.
De acordo com os cientistas, as relações entram em crise quando os parceiros ignoram e não conversam sobre os problemas:
“Não são tanto as coisas boas e construtivas que os parceiros fazem ou deixam de fazer um pelo outro que determinam se um relacionamento funciona, mas sim as coisas destrutivas que fazem ou deixam de fazer em reação aos problemas”.
Uma pesquisa acompanhou casais por mais de 10 anos.
Resultado: o grau com que expressavam sentimentos negativos um pelo outro nos 2 primeiros anos de casamento previa se iriam se separar (com níveis de negatividade mais altos entre os casais que se divorciavam).
Claro que, nem todos os dias estamos esbanjando alegria.
Há dias e dias.
Mas pensar em coisas positivas, sorrir, sonhar e esperar que o melhor possa acontecer, não custa nada.
Cultivar bons pensamentos é como plantar uma semente.
Se a semente for regada com positividade e amor, quem sabe você não colherá flores cheirosas e frutos saborosos?
Além de ser o que come…
Você também é o que pensa.
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Categorias: Sociedade
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