OMS declara emergência mundial pela varíola dos macacos. Conheça sintomas e transmissão


Emergência de saúde global: O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, no sábado, 23, declarou a varíola dos macacos como emergência mundial.

O diretor Tedros Adhanom Ghebreyesus anunciou:

“Temos um surto que se espalhou rápido pelo mundo, através de novas formas de transmissão, sobre as quais entendemos muito pouco, e que se encaixa nos critérios do Regulamento Sanitário Internacional. Por essas razões, decidi que a epidemia de varíola dos macacos representa uma emergência de saúde pública de preocupação internacional”.

A OMS se reuniu em Genebra para pensar em estratégias para conter o avanço do vírus.

Eis a questão: será que enfrentaremos outra pandemia de SARS-CoV-2?

Segundo a OMS:

A Organização Mundial da Saúde declarou o status de PHEIC (Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional):

Isso já aconteceu 6 vezes:

  1. em 2009 com H1N1;
  2. poliomielite em 2014;
  3. Ebola na África Central;
  4. Zika em 2015/16 e 2018-20;
  5. a pandemia de Covid-19;
  6. e, agora, com a varíola dos macacos.

Atualmente, já são quase 17.000 casos confirmados do vírus, espalhando-se para 74 países.

Ghebreyesus explica:

“O risco de varíola é moderado globalmente e em todas as regiões, com exceção da região europeia onde classificamos o risco como alto. Existe um risco claro de disseminação internacional, embora o risco de interferência no tráfego internacional permanece baixo no momento”.

O surto

De acordo com a OMS, o surto da varíola dos macacos se espalhou rapidamente pelo mundo através de modos de transmissão novos e muito pouco conhecidos.

Para decidir se um surto representa ou não uma emergência de saúde global, a Organização considerou alguns critérios:

  • As informações fornecidas pelos países envolvidos, mostrando como o vírus da varíola dos macacos é capaz de se espalhar rapidamente em países que nunca o viram antes;
  • O parecer do Comitê de Emergência, que não chegou a consenso;
  • Os princípios científicos, evidências e outras informações relevantes que seriam insuficientes no momento e deixam muitas incógnitas;
  • O risco para a saúde humana, disseminação internacional e o potencial de interferência no tráfego internacional.

Até 12 meses atrás, na Europa, os casos de varíola eram poucos e distantes.

O que é e como se transmite a varíola dos macacos?

A varíola causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus) provoca um quadro mais brando que a varíola conhecida como smallpox, que foi erradicada na década de 1980.

A varíola doas macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele.

O contato pode ser por abraço, beijo mas principalmente por relações sexuais e especialmente entre homens que se relacionam com homens.

Não se sabe até agora, mas a doença também poderia ser transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e até superfícies tocadas pela pessoa infectada.

Tratamento

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões.

O maior risco de agravamento se refere, em geral, a pessoas imunossuprimidas, como pacientes com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

Quais são os sintomas?

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço.

De 1 a 3 dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente nas regiões genitais, na boca, nos pés, no peito, no rosto.

Vacina?

O Brasil tem 696 casos confirmados da doença até agora.

E, já negocia a compra de vacina contra o vírus.

Segundo informações, o país já começou a articular com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a aquisição da vacina contra a varíola dos macacos.

De acordo com o Ministério da Saúde, as negociações estão sendo feitas de forma global com o fabricante para ampliar o acesso ao imunizante para os países onde há casos confirmados da doença.

Dos 696 casos confirmados no país ate o momento:

  • 506 são procedentes do estado de São Paulo;
  • 102 do Rio de Janeiro;
  • 33 de Minas Gerais;
  • 13 do Distrito Federal;
  • 11 do Paraná;
  • 14 do Goiás;
  • 3 na Bahia;
  • 2 do Ceará;
  • 3 do Rio Grande do Sul;
  • 2 do Rio Grande do Norte;
  • 2 do Espírito Santo;
  • 3 de Pernambuco;
  • 1 de Mato Grosso do Sul;
  • e 1 de Santa Catarina.

A vacinação em massa não é preconizada pela OMS em países não endêmicos para a enfermidade, como é o caso do Brasil.

A recomendação, até o momento, é que sejam imunizadas pessoas que tiveram contato com alguém infectado.

Veja mais nos vídeos abaixo:

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Lara Meneguelli


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