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A maior joalheria do mundo, a Pandora, anunciou que faria uma transição para não vender mais diamantes extraídos da natureza.
Com essa decisão, esta empresa dinamarquesa de joias pretende produzir diamantes artificiais feitos em laboratório.
Os diamantes de laboratório contribuirão para poupar as rochas minerais formadas ao longo de milhões de anos por obra da natureza.
Saiba como são feitos os diamantes sintéticos mas, antes disso, entenda os prejuízos causados pela extração dos diamantes naturais.
Uma das alegações da joalheria Pandora em optar por produzir diamantes de laboratório são os impactos prejudiciais da extração de diamantes.
Rochas e minerais são corpos naturais, sólidos e cristalinos, que se originam a partir de processos físicos e químicos que ocorrem em ambientes geológicos, e o diamante é uma das pedras preciosas que resulta deste processo.
Essa bela e brilhante pedra preciosa, símbolo de riqueza e amor duradouro, infelizmente, tem um lado sombrio que é marcado pelos impactos destrutivos de sua extração, tais como:
Pelas más e insalubres condições de trabalho, salários baixos, exploração de trabalho infantil e abuso físico às crianças que trabalham nas minas de diamantes
Há também muitas doenças espalhadas entre os trabalhadores devido às más condições de saneamento e de vida.
A mineração de diamantes também tem muitos impactos prejudiciais ao meio ambiente, incluindo erosão do solo, desmatamento e destruição de ecossistemas.
Por vezes, a extração de diamantes ocorre em zonas de guerra e serve para financiar guerras civis, principalmente na África.
Um em cada quatro diamantes à venda em todo mundo, provavelmente, foi extraído em uma zona de guerra e vendido para financiar conflitos armados.
O diamante de laboratório é produzido através de um processo tecnológico controlado.
O diamante sintético é composto do mesmo material que os diamantes formados naturalmente: o carbono puro, porém cristalizado em um isotrópico,
Através desse processo, é possível fazer com que o diamante sintético obtenha propriedades químicas e físicas idênticas ao natural.
Existem vários métodos usados para produzir diamantes sintéticos como:
Segundo a CNN, o CEO da Pandora, Alexander Lacik, em um comunicado disse:
“Eles (diamantes) são tanto símbolo de inovação e progresso, quanto de beleza duradoura e um testemunho de nossa agenda de sustentabilidade contínua e ambiciosa”
“Os diamantes não são apenas para sempre, mas para todos.”
Segundo a BBC, em 2020, a produção de diamantes feitos em laboratório aumentou chegando a um total entre seis e sete milhões de quilates no mundo todo.
A cada quilate de diamante feito em laboratório, menos um diamante natural é extraído das minas.
Vários fatores vêm contribuindo para os diamantes sintéticos tornarem-se uma tendência mundial como:
Vale salientar que mesmo contribuindo para reduzir os impactos negativos da extração do diamante natural, a produção do diamante de laboratório traz outras preocupações, pois demanda o uso de aparelhos, máquinas, eletricidade, combustão e produtos químicos, provocando com isso impactos ambientais.
Para evitar ou reduzir estes impactos e ser uma produção de fato sustentável, é preciso que a fonte de energia usada na produção seja renovável.
Além disso, se a Pandora quiser ser green, precisa pensar em todas as outras pedras e metais usados em sua rede. Querer popularizar os diamantes pode ser greenwashing se for uma ação isolada.
O que temos no momento é uma mineração suja, exploradora de direitos humanos e ambientais. Respeitar tais direitos já seria um bom começo, mas a mineração é um dos setores industriais mais perversos que conhecemos.
Fica a dica Pandora!
Depois da carne de laboratório, do leite sintético e do ovo sem galinha, você conhecia o diamante de laboratório? O que acha dessa criação? Deixe sua opinião nos comentários abaixo.
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Categorias: Sociedade
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