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Somos todos animais e, como tais, o olfato é um sentido mais importante do que imaginamos. Um estudo recente revelou que escolhemos como amigos aqueles que têm um cheiro parecido com o nosso.
Pessoas com odores semelhantes são mais propensas a se relacionarem bem e serem amigas.
E como é isso?
Darwin explica!
O estudo entitulado “Há química na química social” nos lembra de um dado de fato, especialmente entre os mamíferos: somos acostumados a cheirarmos uns aos outros para determinar se somos amigos ou rivais. Por isso, o odor corporal pode ter um valor social significativo também para nossa espécie.
Um grupo de pesquisadores israelenses do departamento de pesquisa do cérebro do Instituto Weizmann de Ciências (Rehovot) desenvolveu esse estudo curioso.
O estudo consistiu em 3 experimentos. No primeiro, eles usaram um nariz eletrônico para analisar o odor corporal de vinte grupos de amigos “não românticos” que se relacionaram bem à primeira vista.
Os grupos individuais eram compostos por pessoas do mesmo sexo, pois machos e fêmeas possuem um cheiro distinto, que também desempenha um papel na atração sexual.
Da análise dos odores feita pelo nariz eletrônico emergiu que, os cheiros dos grupos de amigos não românticos eram mais parecidos entre si do que os dos grupos compostos por pessoas desconhecidas.
Esse detalhe também foi observado por alguns farejadores humanos voluntários envolvidos no estudo.
Os pesquisadores sugerem que os resultados da pesquisa estariam na genética: escolher como amigos pessoas que cheiram como a gente pode nos ajudar a espalhar nossos genes, graças aos benefícios mútuos de ser amigo de alguém que é geneticamente semelhante a nós.
Isso seria um mecanismo subconsciente e evolutivamente selecionado que explicaria também o porquê de pessoas com doenças que envolvem o olfato terem dificuldade sociais de relacionamento.
Com isso, os pesquisadores acreditam que poderíamos prever o vínculo social com um nariz eletrônico.
Estudos anteriores haviam demonstrado que os heterossexuais são mais atraídos por pessoas com um cheiro diferente do seu, uma “seleção” subconsciente que, conforme explicado ao IFLScience pelo Dr. da universidade israelense, pode estar ligada ao perfil genético. Isso porque “o odor corporal reflete a composição genética” e, portanto, procurar parceiros com uma herança genética muito diferente (e, portanto, um cheiro igualmente diferente) pode favorecer a sobrevivência dos filhos.
Este objeto de estudo é ainda pouco compreendido e um campo de estudo a ser aprofundado, mas é interessante porque nos faz entender que muitas explicações que tentamos raciocinar são irracionais, pois têm a ver com a nossa natureza animal, encravada em nosso DNA formado há pelo menos 200 milhões de anos.
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Categorias: Sociedade
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