Tailândia distribuirá 1 milhão de plantas de cannabis gratuitas para população

Novidade na Tailândia: em junho, o governo tailandês distribuirá um milhão de plantas de cannabis para famílias em todo o país, onde será permitido que as pessoas cultivem maconha em casa.

A entrega será gratuita e acompanha uma mudança na política antidrogas do país.

O consumo da erva in natura será autorizado, mas derivados precisarão respeitar uma concentração de THC inferior aos 0,2%

As plantas terão que ser de grau médico e usadas exclusivamente para fins medicinais. Além disso, a cannabis não poderá ser usada para fins comerciais.

Descriminalização da maconha

O ministro de Saúde Pública, Anutin Charnvirakul, anunciou que o objetivo é que as plantas de cannabis sejam cultivadas como “culturas domésticas“.

Anutin sancionou, em fevereiro deste ano, uma medida que retirou a maconha de uma lista de drogas controladas.

A Tailândia se tornou o primeiro país do Sudeste Asiático em 2018 a legalizar a maconha para pesquisa e uso médico.

As autoridades esperam que floresça uma nova indústria da maconha, que não gere apenas milhões de dólares de forma direta, mas que também atraia turistas estrangeiros.

Algumas leis locais em torno da cannabis também serão flexibilizadas.

As empresas tailandesas de bebidas e cosméticos que desejam vender produtos com cânhamo e CBD (canabidiol) registradas, poderão vender produtos de cannabis que contêm menos de 0,2 % de tetrahidrocanabinol (THC, ingrediente psicoativo responsável por deixar as pessoas chapadas).

A produção em grande escala, deverá ter uma permissão da Administração de Alimentos e Medicamentos do país para fabricar os produtos derivados da cannabis.

O ministro explica:

“Isso permitirá que as pessoas e o governo gerem mais de 10 bilhões de baht por ano em receita com maconha e cânhamo”.

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Sinal verde

Alguns empresários do ramo cannábico de Bangkok, como Kitty Chopaka, esperam mais do governo. Segundo Chopakka, a lei deveria fornecer sinal verde para as pessoas usarem a planta em chás ou sopas medicinais.

A lógica da empresária é a seguinte:

Ainda será considerado crime se a pessoa não tiver uma receita legal e tiver que provar algum tipo de doença que dependa da maconha de forma medicinal. Só assim você poderá cultivar cannabis em casa e usá-la como quiser.

Ela acrescentou:

“Embora o uso recreativo da droga permaneça ilegal, fumar maconha vai acontecer, e não há como [o governo] impedir isso”.

A medida entrará em vigor no dia 9 de junho.

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