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Elon Musk falou, tá falado?!
Dois dias após ter comprado o Twitter pelo valor de US$ 44 bilhões, bem-humorado, o homem mais rico do planeta Terra quer fazer do seu novo playground um lugar mais divertido possível.
Let’s make Twitter maximum fun!
— Elon Musk (@elonmusk) April 28, 2022
Isso porque, em tom de brincadeira, ele tinha dito que seu próximo investimento seria comprar a Coca-Cola pra colocar cocaína de volta na bebida.
Next I’m buying Coca-Cola to put the cocaine back in
— Elon Musk (@elonmusk) April 28, 2022
Musk fala sobre trazer a cocaína de volta para a Coca-Cola fazendo referência ao passado da bebida.
Criada em 1885, a receita da bebida incluía a droga, que, até então, era legalizada.
Entretanto, segundo um artigo de 1988 do New York Times, em 1900, a droga foi eliminada da bebida.
A Coca-Cola foi formulada pelo farmacêutico norte-americano John Stith Pemberton, com o objetivo de aliviar as dores das feridas que sofreu durante a Guerra Civil.
Ele já estava viciado em morfina, e procurava uma fórmula mais leve que proporcionasse sensação de alívio semelhante.
Em 1869, Pemberton inventou a “French Wine Coca” (em português, “coca de vinho francês”), que continha álcool e… cocaína.
Na época, o extrato não era ilegal ou considerado droga. Na verdade, era um estimulador potente do sistema nervoso central, usado por índios nativos americanos.
Em 1885, o álcool foi retirado da bebida, por pressão do governo.
Para substituir o álcool, Pemberton adicionou extrato de noz-de-cola e xarope de açúcar.
Em 1886, a bebida foi batizada com o nome de Coca-Cola, pois seus principais ingredientes eram cocaína e noz-de-cola.
Inicialmente, a Coca-Cola era vendida em copos (9 miligramas de cocaína por copo). O criador da bebida prometia uma série de benefícios e curas aos consumidores.
O sucesso do “santo remédio” foi tanto que, em 1894, iniciou-se a produção em garrafas.
Em 1902, a Coca-Cola passa a ser vendida em garrafas com “tampa coroa“, até então, era comercializada em garrafas com tampa de rolha.
Nessa época, os direitos da marca já tinham sido vendidos a Asa Candler, que ficou milionário ao provar que a bebida tinha grande potencial de mercado.
A cocaína teria sido retirada por volta de 1905 (36 anos depois de sua invenção), época em que as autoridades de saúde começaram a questionar a segurança do ingrediente.
Com a substituição da droga por uma dose extra de cafeína e ainda mais açúcar, foi lançado o slogan “Coca-Cola: renova e sustenta“.
Antes disso, o refrigerante usava: “Coca-Cola: o tônico cerebral ideal“.
Quem conta a história melhor é o americano Martin Kemp, professor de História da Arte da Universidade de Oxford, que em 2011 lançou o livro “Christ to Coke” (“De Cristo à Coca“).
Um dos capítulos é dedicado à Coca-Cola, o refrigerante mais consumido do mundo.
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Categorias: Sociedade
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