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08 de março é o Dia Internacional das Mulheres!
O futuro é feminino e, em homenagem à história das mulheres, vamos fazer uma retrospectiva de momentos únicos e importantes conquistados com muita luta durante anos de trabalho árduo.
Apesar de muitos destes marcos não serem reconhecidos, caminhamos avante no caminho para a igualdade de direitos, mas ainda temos um longo caminho a percorrer.
Aqui vão 15 motivos inspiradores e de orgulho, que nos dão esperança para continuar lutando:
O Parlamento da Austrália do Sul aprovou uma emenda constitucional concedendo às mulheres o direito de votar em dezembro de 1894.
As mulheres lutaram por uma década para que esse evento histórico acontecesse. Embora a Nova Zelândia tenha sido o primeiro país do mundo a permitir que todas as mulheres votassem nas eleições parlamentares (em 1893), as mulheres não foram autorizadas a se candidatar até 1919.
Como a emenda da Austrália do Sul permitiu que as mulheres se candidatassem às eleições a partir de 1895, a Austrália Meridional tornou-se o primeiro eleitorado do mundo a conceder direitos políticos iguais a homens e mulheres.
Há apenas 102 anos, as mulheres foram autorizadas a votar nos Estados Unidos. Isto aconteceu em 18 de agosto de 1920, quando a 19ª Emenda da Constituição foi ratificada, graças aos esforços incansáveis de mulheres como:
Antes da 19ª Emenda, havia somente 20 estados nos Estados Unidos onde as mulheres podiam votar.
Este ato teve como tentativa acabar com a discriminação salarial com base no sexo, embora ainda não tenhamos visto isso acontecer na prática.
A ideia apoiada pelo ex-presidente John F. Kennedy, era de que as mulheres pudessem receber os mesmos salários que os homens que executam o mesmo trabalho.
Atualmente, as mulheres recebem, em média, US$ 0,82 centavos para cada US$ 1 ganho por homens brancos não hispânicos (o maior grupo demográfico).
Nos EUA, as mulheres latinas e negras, por exemplo, ganham ainda menos: em média, as mulheres latinas ganham US$ 0,55 e as mulheres negras ganham US$ 0,63 para cada US$ 1 ganho por um homem branco, não-hispânico.
A diferença salarial de gênero persiste, mostrando consistentemente que as mulheres ganham menos dinheiro do que os homens, se aposentam com menos dinheiro do que os homens e têm mais dívidas do que os homens.
Foi uma decisão histórica da Suprema Corte dos Estados Unidos sustentando que os administradores de propriedades não podem ser nomeados de forma que discrimine os sexos.
Até o início da década de 1970, se um parente nos Estados Unidos morresse, o trabalho de administrar a propriedade era automaticamente dado ao parente masculino mais próximo, não à mulher.
Em Reed vs. Reed, a Suprema Corte decidiu que isso violava a Cláusula de Proteção Igual da 14ª Emenda.
Antes da década de 1960, as mulheres que viviam em Portugal eram proibidas de tirar passaporte e de viajar para outro país sem o consentimento do marido.
O ano de 1976 foi um ano muito importante para as mulheres em Portugal, pois foi quando a constituição deu também direito ao voto para as mulheres.
A Nova Lei do Casamento da China em 1980, concedeu certos direitos às mulheres durante o contrato de matrimônio:
Em relação aos processos de divórcio passaram a considerar os direitos das mulheres, incluindo a guarda dos filhos e a divisão de bens.
Em 2003, o Japão declarou a meta de ter 30% dos cargos governamentais no país ocupados por mulheres até 2020.
Infelizmente a meta ainda não foi concluída, pois muito ambiciosa para um país de cultura tão patriarcal.
Ao contrário do Japão, quem dá o exemplo é Paris, na França. Em 2020, a cidade foi multada em 90.000 euros por nomear muitas mulheres (11 ou 69%) para cargos de alto escalão no governo.
Apenas cinco homens foram nomeados, e o desequilíbrio violou uma regra de que pelo menos 40 % dos cargos deveriam ser ocupados por pessoas de cada gênero.
Surreal!
O terror e a infeliz realidade de meninas de até 15 anos terem seus genitais mutilados parou em 2012 (pelo menos no papel) quando as Nações Unidas pediram aos cidadãos de todo o mundo que parassem com a prática, que tem sido mais comum em países da Ásia, Oriente Médio e África, afetando até 200 milhões de meninas e mulheres.
Graças ao aumento da conscientização sobre essa prática cruel e desumana, o dia 6 de fevereiro foi nomeado o Dia Internacional da Tolerância Zero.
Imagine ser uma mulher no Oriente Médio? E depender de um homem para tudo.
Parece coisa de outro mundo, mas acontece neste aqui mesmo, onde vivemos:
Em 2017, o governo da Arábia Saudita suspendeu a proibição de motoristas do sexo feminino, que entrou em vigor em junho de 2018.
É um absurdo e complicado de entender, mas só em outubro de 2017 a Índia considerou ilegal o estupro de uma criança/adolescente com menos de 18 anos (mesmo que a menor seja uma noiva criança).
Ser acusado desse crime pode resultar em uma sentença de dez anos de prisão.
Essa decisão ajuda a desencorajar a tradição de casamentos com crianças e tentativa do país de criar casamentos mais iguais (no mínimo, em termos de idade).
É difícil acreditar, mas até o ano de 2017, um estuprador no Líbano poderia ser exonerado caso se casasse com a vítima do seu estupro.
O Parlamento do Líbano finalmente revogou esta lei antiga e horrível por insistência de ativistas dos direitos das mulheres libanesas e internacionais.
Em outubro de 2017 uma hashtag viralizou nas mídias sociais. O movimento #MeToo é um marco na denúncia contra abuso sexual, agressão e assédio, principalmente no ambiente de trabalho. O movimento culminou nas acusações de abuso sexual contra Harvey Weinstein, que o levaram à prisão.
De lá para cá, entender as agressões e denunciar os abusadores ficou mais fácil, pois as mulheres entenderam que o problema é muito mais comum e difuso do quanto se pudesse imaginar.
Sobre igualdade da remuneração para as mulheres, a Islândia fez disso a lei do país.
Em 2018, foi o primeiro país do mundo a tornar ilegal (resultando em multa) pagar homens e mulheres no mesmo trabalho de maneira diferente.
Uma grande diferença entre esta lei e o Equal Pay Act nos Estados Unidos é que a responsabilidade não cai sobre o trabalhador para fazer essa reivindicação, mas sim é dever das empresas provarem que estão pagando homens e mulheres igualmente.
Assim, as mulheres não são obrigadas a se tornarem detetives (e arriscar suas reputações e relações de trabalho) para descobrir se estão sendo pagas da mesma forma que homens.
Nas eleições de 2020, tivemos um número recorde de mulheres eleitas para a Câmara dos Deputados nos EUA:
Embora isso seja uma conquista incrível, ainda é apenas 27,1 % do total da Câmara.
Em 2021, Kamala Harris foi nomeada como vice-presidente dos Estados Unidos.
Harris é a terceira mulher a ser nomeada candidata a vice-presidente, e ela também é a primeira mulher negra e a primeira mulher de ascendência do sul da Ásia a ocupar um cargo nacional na América.
Em outubro de 2022, a Itália elegeu Giorgia Meloni, jornalista e política, como a primeira mulher primeira-ministra na história do país.
As conquistas dos direitos iguais entre mulheres e homens são recentes. Mesmo com todas estas vitórias, continuamos vivendo num mundo patriarcal e perigoso para ser uma mulher.
Abusos, violações, desvalorização, preconceito… fazem parte dos noticiários todos os dias. Que não só neste mês de março, mas todo o ano, lutemos pela igualdade de gênero.
Afinal, no cerne somos todos iguais, cada um com sua singularidade.
Mulheres, cultura e política!
Fonte: reader’s digest
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Categorias: Sociedade
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