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Além da pandemia do coronavírus, a pandemia da pobreza também tomou conta de todos os países do mundo nos últimos dois anos.
Em termos gerais, entre março de 2020 e novembro de 2021, 163 milhões de pessoas ficaram abaixo da linha da pobreza, identificada como renda inferior a US$ 5,5 por dia.
Enquanto isso, os dez homens mais ricos do mundo mais que dobraram suas fortunas, de US$ 700 bilhões para US$ 1,5 trilhão.
O primeiro da lista, Jeff Bezos, dono da Amazon, garantiu um excedente de ativos de US$ 81,5 bilhões.
Esses números com certeza estão muito longe da realidade da maioria de nós. Isso confirma a desigualdade financeira entre as pessoas e, ainda mais, na economia entre os diferentes regiões e países.
Os 10 super-ricos do planeta têm uma riqueza no mínimo 6 vezes maior do que a riqueza dos 40 % mais pobres da população mundial, composta por 3,1 bilhões de pessoas.
Mesmo que eles perdessem suas fortunas em 99,9%, ainda seriam membros do top 1% global das pessoas mais ricas do mundo.
Segundo Gabriela Bucher, diretora da Oxfam International, o objetivo dessa ONG é denunciar esses desequilíbrios de desigualdade marcantes. Ela afirma:
“A desigualdade não é uma fatalidade, mas o resultado de escolhas políticas precisas”.
Embora a pandemia tenha aumentado a distância entre ricos e pobres de maneira abissal, de acordo com a Oxfam, ainda existem soluções para resolver esse problema. Mas é preciso coragem para colocá-las em prática.
Todos os anos, a Oxfam aproveita o Fórum Econômico Mundial em Davos para destacar as profundas desigualdades que dividem nossa sociedade.
Cabe, portanto, à política sanar as distorções e garantir o direito de todos a uma vida digna, por meio de algumas escolhas “urgentes e emergentes”.
Para a Oxfam, os seguintes passos são necessários:
Eliminar leis, por exemplo, que penalizam mulheres e minorias, garantindo que diversos grupos sejam representados de forma justa em todos os processos de tomada de decisão.
Não menos importante, é necessário melhorar os padrões de proteção aos trabalhadores e garantir seus direitos trabalhistas. Na pandemia muitas pessoas perderam o emprego, principalmente as mulheres. Com a escassez de oportunidades, a tendência é aumentar a concorrência e favorecer o trabalho precário.
As vacinas anti-Covid-19 se revelaram um ótimo business. Elas não são universais. Algumas delas não são aceitas em todos os países e as que são mais aceitas são as da Big Pharma. A Oxfam denunciou esse abuso alertando que as patentes devem abertas pela igualdade, pelo fim do lucro exacerbado das casas farmacêuticas e pelo fim da pandemia.
Leia mais:
A política, quando exercida de maneira democrática e justa, pode transformar realidades.
Como reflexão, pode-se concluir que algumas ideias propostas por certos sistemas governamentais estão muito distantes de uma democracia real.
2022, ano eleitoral, o Brasil passa por um momento decisivo que é escolher políticas políticas que priorizem os que precisam mais.
É direito do povo e há muito trabalho a ser feito.
A desigualdade mata.
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Categorias: Sociedade
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