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As bombas estão sendo lançadas durante a COP26. Mas uma pesquisa, coincidentemente publicada para impactar os assuntos debatidos na conferência climática em Gasglow, revelou que poucas pessoas estão dispostas a mudar o estilo de vida para salvar o planeta.
Em 10 países, a pesquisa contou com amostras representativas de mais de 1.000 pessoas que foram questionadas nos Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, França, Holanda, Alemanha , Suécia, Polônia, Cingapura e Nova Zelândia.
A pesquisa internacional revela que a maioria dos cidadãos acredita que já estão bastante comprometidos com o meio ambiente, ou seja, que já estão fazendo suas partes.
Para Emmanuel Rivière, diretor de pesquisas internacionais da Kantar Public, o relatório continha uma “dupla lição” para os governos: precisa primeiro corresponder às expectativas das pessoas, mas também precisa persuadi-las de quais são as soluções e como é possível compartilhar a responsabilidade e as preocupações de maneira justa.
O estudo constatou que 62 % das pessoas pesquisadas veem a crise climática como o principal desafio ambiental que o mundo enfrenta agora, à frente da
Mas quando solicitadas a avaliar suas ações individuais em comparação com outras, como as de governos, empresas e da mídia, as pessoas geralmente se viam como muito mais comprometidas com o meio ambiente do que outras pessoas em sua comunidade local ou qualquer instituição.
Aí vão os dados encontrados:
Apenas 51 % disseram que definitivamente agiriam para proteger o planeta, com 14 % dizendo que definitivamente não o fariam. As pessoas na Polônia e em Cingapura (56 %) foram as mais dispostas a agir, e na Alemanha (44 %) e na Holanda (37 %) foram consideradas menos dispostas.
As razões mais comuns apontadas para não querer fazer mais pelo planeta foram:
Outras razões para não querer fazer mais incluem:
Cerca de 57 %, por exemplo, disseram que reduzir o desperdício e aumentar a reciclagem é “muito importante”.
Outras medidas consideradas prioritárias foram
Os entrevistados consideraram as medidas que podem afetar seus próprios estilos de vida, no entanto, como significativamente menos importantes:
Apenas 23 % consideram que reduzir viagens de avião e cobrar mais por produtos que não respeitam as normas ambientais são importantes para preservar o planeta, ao mesmo tempo que banir os veículos movidos a combustíveis fósseis (22 %) e reduzir o consumo de carne (18 %) e o comércio internacional (17 %) foram vistos como prioridades ainda mais baixas.
Numa perspectiva geral da pesquisa, as pessoas deram a si mesmas a pontuação mais alta em comprometimento em todos os lugares, exceto na Suécia, enquanto apenas em Cingapura e na Nova Zelândia os governos nacionais foram vistos como altamente engajados. A distância entre a visão dos cidadãos sobre seus próprios esforços (44 %) e a de seu governo (16 %) foi maior no Reino Unido.
As palavras do estudo traz a indagação: será que realmente podemos cobrar do governo e outras instituições enquanto nos auto sabotamos?
O que estamos realmente fazendo e quais ações precisam ser executadas para a mudança de hábitos ao invés de apenas reproduzirmos reclamações?
Fica como reflexão uma parte da pesquisa que traz o questionamento sobre o grau de comprometimento das pessoas com a preservação do planeta e sobre o obstáculo da “insatisfação” com o governo:
“Os cidadãos estão inegavelmente preocupados com o estado do planeta, mas essas descobertas levantam dúvidas quanto ao grau de comprometimento com sua preservação.
Em vez de se traduzir em uma maior disposição para mudar seus hábitos, as preocupações dos cidadãos estão particularmente focadas em sua avaliação negativa dos esforços dos governos“.
É aquele ditado “faça o que eu falo mas não faça o que eu faço”. Enquanto o problema é para o outro resolver tá ótimo, não é problema meu. Na verdade ninguém quer se enxergar como parte do problema porque ninguém quer se sacrificar para resolvê-lo.
E essa pesquisa fosse feita no Brasil? Como você responderia? Você acha que faz alguma coisa para salvar o planeta? O que e o quanto? E os governos da sua cidade, do seu estado do seu país? Eles fazem mais ou menos que você?
Conta pra gente!
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Categorias: Sociedade
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