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A morte pode ser ressignificada. Um novo conceito de cemitério está sendo praticado em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
O ‘cemitério do futuro‘, troca túmulos por árvores. Os familiares poderão escolher e plantar entre sete espécies de árvores que irão representar o ente querido. As mudas são cultivadas a partir das cinzas.
O BioParque transforma o formato tradicional de um cemitério em um parque ecológico que contará ainda com galeria de arte, orquidário e jardim botânico.
Depois de escolher uma espécie típica regional, as famílias participam de uma cerimônia para o plantios das sementes nas ‘BioUrnas‘. As BioUrnas foram desenvolvidas na Espanha e, assim que as sementes são plantadas, as mudas ficam até 24 meses em uma incubadora sendo monitoradas por uma equipe especializada em um viveiro.
Depois de um certo período, quando as árvores alcançam um tamanho adequado, uma nova cerimônia é realizada para o plantio definitivo da árvore no BioParque.
Os parentes e amigos têm acesso a um mapa do parque onde é possível escolher o local do plantio da árvore.
Também haverá um aplicativo de celular para acompanhar o crescimento da planta, tudo isso através da identificação com o QRcode.
A tecnologia vai ajudar os visitantes a saber mais sobre as pessoas homenageadas seja com textos, imagens ou áudios, contando a história da pessoa através de um livro de memórias virtual.
Os responsáveis pelo BioParque contam:
“Oferecemos aos clientes a possibilidade de vivenciar uma experiência singular e exclusiva, o BioParque propõe transformar as cinzas do ente querido em parte de um substrato preparado para o plantio de árvores a serem escolhidas por quem presta a homenagem”.
Os primeiros estudos para a elaboração do projeto começaram em 2013. A unidade de Nova Lima, que é a primeira do Brasil, foi lançada há um ano. O CEO responsável pelo empreendimento, Hugo Tanure apresentou o projeto em uma entrevista ao Estado de Minas no ano passado e falou sobre o objetivo de ressignificar o luto passando por questões sociais e ambientais.
Em função da pandemia do coronavírus, a abertura do parque em Nova Lima precisou ser adiada para o segundo semestre de 2021, mas segundo o empresário Tanure, a procura pode este novo modelo durante a pandemia de cemitério aumentou em 200 %.
O grupo do BioParque pretende abrir outras unidades em Brasília (DF), Salvador (BA), Curitiba (PR) e no Rio de Janeiro (RJ).
O BioParque não realiza os serviços funerários. Assim, a cremação deve ser feita em outra empresa do ramo.
As pessoas podem escolher uma árvore, um jardim com 4 árvores ou um bosque com 20 árvores (os bosques como se fossem substituições aos mausoléus). Nas três categorias, os preços variam de R$ 10 mil a R$ 200 mil.
O ‘cemitério do futuro‘ prevê seis unidades no país com investimentos em torno de R$ 150 milhões. Cada unidade terá capacidade para o plantio de 30 mil árvores.
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Categorias: Sociedade
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