Ontem, o mundo celebrou pela primeira vez o Dia Internacional dos Afrodescendentes.
Criado pela Organização das Nações Unidas, o 31 de agosto visa a dar visibilidade às contribuições da diáspora africana para o mundo ocidental, ao mesmo tempo em que busca a eliminação do preconceito racial.
Segundo a ONU, todos os seres humanos
“nascem livres e iguais em dignidade e direitos e têm o potencial de contribuírem, de forma construtiva, ao desenvolvimento e bem estar das sociedades” e que “qualquer doutrina de superioridade racial é falsa do ponto de vista científico, condenável do ponto de vista moral, socialmente injusta, perigosa e deve ser rejeitada”.
A data reconhece o tráfico transatlântico de escravos como um dos piores capítulos da história da humanidade.
O projeto The Trans-Atlantic Slave Trade Database, uma colaboração internacional de catalogação de dados sobre o tráfico de escravos, levantou que, por mais de três séculos, navios portugueses ou brasileiros fizeram mais de 11,4 mil viagens com africanos escravizados, sendo que desse total 9,2 mil tiveram como destino o Brasil.
Esse levantamento só foi possível porque os africanos escravizados eram tratados como mercadoria, sendo registrados na entrada e na saída dos portos para a cobrança de impostos.
O Dia Internacional dos Afrodescendentes também marca a defesa da igualdade para todas as vítimas da escravidão, do tráfico de escravos e do colonialismo.
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Categorias: Sociedade
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