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Os estudantes do ensino médio do Campus Osório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) conquistaram três premiações importantes em pesquisas na área ambiental.
Na feira internacional Genius Olympiad, o 1° lugar na categoria ‘Ciência’ ficou com o projeto “Ecoboard: desenvolvimento de painéis aglomerados utilizando resíduos de milho e arroz“, dos estudantes Júlia Oscar Destro e Lucas Oliveira de Lima.
Já o bronze ficou com a brasileira Ana Clara Jardim da Silva, que desenvolveu o projeto “Litoral Libras: plataforma virtual da Língua Brasileira de Sinais com foco nas variações linguísticas do litoral norte gaúcho para a promoção da acessibilidade entre surdos e ouvintes”.
O histórico de destaque de uma das mais importantes feiras de jovens cientistas do Brasil e do mundo se deve à qualidade da educação do IFRS, uma escola pública federal.
A feira internacional Genius Olympiad foi realizada virtualmente entre os dias 7 e 12 de junho. O anúncio dos projetos premiados foi feito em cerimônia pelo canal do Youtube da Genius Olympiad.
A pesquisa “BioStretch: desenvolvimento de plástico biodegradável utilizando resíduos industriais”, da estudante Laura Nedel Drebes, venceu a categoria ‘Consciência Circular’ do 1º Prêmio de Incentivo ao Empreendedorismo Científico (PIEC).
A estudante Laura Nedel Drebes
Laura comentou a importância da ciência e da educação em sua vida:
“A pesquisa ocupa um lugar imensurável em minha vida, pois me transforma a cada dia em um ser humano melhor. Apesar de todos os desafios e dificuldades que nos rodeiam, eu e meus orientadores decidimos seguir em frente! Receber esse reconhecimento foi uma alegria muito grande, pois reforça que fizemos a escolha certa. Além disso, mostra mais uma vez a importância e o poder fascinante que a educação tem em nossas vidas”.
“Ecoboard”: Desenvolvimento de painéis aglomerados utilizando resíduos de milho e arroz’ surgiu da inspiração do estudante Lucas Oliveira de Lima em dar uma finalidade às cascas de arroz que ele via acumular em grandes montes, e onde brincava quando criança, nas três indústrias próximas de sua casa.
O painel aglomerado feito com casca de arroz e sabugo de milho, colados com resinas vegetais, é mais ecológico e barato que os convencionais.
“BioStretch”: Desenvolvimento de plástico biodegradável utilizando resíduos industriais’ desenvolveu filmes flexíveis e com fina espessura utilizando o que sobra do processamento de milho e beterraba. É uma alternativa para a substituição dos plásticos sintéticos convencionais a partir de recursos renováveis, que levam menos tempo para se degradar e não causam malefícios ao meio ambiente.
“Litoral Libras”: Plataforma virtual da Língua Brasileira de Sinais com foco nas variações linguísticas do litoral norte gaúcho para a promoção da acessibilidade entre surdos e ouvintes’ deu origem à plataforma didática Litoral Libras, que tem contribuído para a difusão da Língua Brasileira de Sinais e a redução das barreiras de comunicação na região. Nela, estão disponíveis materiais de pesquisa e estudos da Libras, além de um glossário com os sinais mais utilizados. O projeto foi orientado pela professora Aline Dubal, com coorientação de Ingrid Gonçalves Caseira.
A docente Flávia Twardowski, orientadora das duas primeiras pesquisas premiadas, que contaram, também, com a co-orientação do professor Cláudius Jardel Soares, destaca a a relevância dos projetos:
“Trabalhar com aproveitamento de resíduos e ver as inúmeras possibilidades que podemos desenvolver com eles é muito instigante. Mas fazer pesquisa no Brasil é um desafio e, neste momento, a pesquisa brasileira está tão desacreditada. Mas a pandemia nos impulsionou a continuarmos. A ciência transforma não apenas os resíduos em diferentes produtos, mas a nós mesmos, e é inspirador!”.
Em tempos em que se defende homeschooling e negacionismo, a educação e a ciência mostram a sua grandeza!
Parabéns aos premiados e a todos os envolvidos!
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Categorias: Sociedade
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