O primeiro piloto negro a bater recorde de vitórias em um esporte essencialmente branco. A chapa eleitoral bem sucedida que elegeu a primeira mulher negra como vice-presidente dos Estados Unidos, em 2020. Um movimento que cresceu muito esse ano, motivado pelos abusos policiais contra a população negra, o Black Lives Matter.
Esse foi um ano de muitas conquistas para os negros, porém os dados continuam muito cruéis.
No Brasil, a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado, de acordo com o Mapa de Violência.
A diferença salarial entre negros e brancos ainda é de 31%, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva.
Basta fazer um simples “teste de pescoço” para verificar a cor da pele de quem serve e de quem é servido.
Por tudo isso e para que o mundo tenha cada vez mais Lewis Hamiltons, Kamallas Harris, Machados de Assis, Milton Santos, Ângelas Davis, Djamilas Ribeiro, Nelsons Mandelas, Muhamads Ali, Malcom X é importante prestar atenção nessa data: 20 de novembro. Dia Nacional da Consciência Negra. Época na qual o debate racial volta à cena promovendo uma reflexão sobre os impactos e importância dos negros na história do Brasil.
A data tem origem em um dos mais importantes nomes da História Mundial, Zumbi dos Palmares, que lutou até a morte contra a opressão do sistema escravocrata no Brasil.
Zumbi foi o idealizador do Quilombo de Palmares, um símbolo da resistência negra. O local, que fica localizado no atual estado de Alagoas, era uma colônia de matriz africana, onde os negros viviam do plantio e comércio, e que foi dizimado pelas autoridades portuguesas.
A morte de Zumbi, em 20 de novembro, é o símbolo de uma luta que ainda está longe de chegar ao final. Mais do que o fim da discriminação, a luta é por humanidade, como bem disse Malcom X:
“Não lutamos por integração ou separação. Lutamos para sermos reconhecidos como seres humanos”.
No dia 20 de novembro, mas do que comemorar as conquistas, é hora de pensar no papel de cada um para pôr fim, definitivamente, na desumanização dos negros.
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