“A necessidade de solidariedade internacional e a cooperação multilateral é mais evidente do que nunca.”
Assim inicia se o anúncio do Comitê Nobel norueguês na concessão do Prêmio Nobel da Paz 2020 entregue ao Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU.
O prêmio se justifica não apenas pelos esforços da entidade em combater a fome no mundo, mas também pelo trabalho de tentar minimizar os conflitos armados usando a fome como arma de guerra.
A guerra causa fome. Em 2019, 135 milhões de pessoas sofreram de fome aguda, a maioria delas viviam em áreas de conflito.
Erradicar a fome é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e o Programa Mundial de Alimentos é a maior organização humanitária que trabalha nesse sentido.
O comitê também justificou o prêmio considerando a grave crise econômica que o coronavírus vem provocando. Muito de pior ainda pode estar por vir, e “o Programa Mundial de Alimentos demonstrou uma capacidade impressionante de intensificar seus esforços”.
A própria organização declarou:
“Até o dia em que tivermos uma vacina médica, a comida é a melhor vacina contra o caos”.
Brasileiros, indígenas e não indígenas, organizações não governamentais e sociedade civil, torcíamos pelo prêmio ser entregue ao cacique kayapó Raoni Metuktire, dada sua vida de luta pela preservação não apenas de seus povos, mas do meio ambiente em si, no Brasil e no mundo.
Neste período crítico que o Brasil vem vivendo, o prêmio teria chegado em boa hora mas, infelizmente não deu dessa vez. Quem sabe uma próxima.
São muitas as pautas que reforçam a importância da paz no mundo. E a erradicação da fome, com certeza, é uma delas.
Parabéns aos laureados.
Talvez te interesse ler também:
Mais veneno na mesa: Anvisa libera agrotóxico associado ao Mal de Parkinson
Enquanto a Justiça dorme, a boiada do ministro Salles passa e deixa destruição
Coronavírus na Europa: nova onda fecha tudo e outro lockdown se aproxima
ASSINE NOSSA NEWSLETTER