Ele se dedicará ao serviço público de saúde uma vez por semana durante a emergência do coronavírus: este homem é Leo Varadkar, o primeiro-ministro irlandês que decidiu dar a sua contribuição também na área da medicina.
Certamente ele não é inexperiente: Varadkar estudou medicina e trabalhou como médico por sete anos antes de deixar esta profissão e ingressar na carreira política. Devido à dificuldade de conciliar ambas as funções, ele se retirou da função de médico em 2013.
Agora ele volta a ser “readmitido” excepcionalmente e está pronto para exercer a medicina. Varadkar oferecerá “seus serviços a serviço da saúde uma vez por semana dentro de seu âmbito de atividade”, disse seu porta-voz ao Irish Times.
Formado em medicina pelo Trinity College de Dublin em 2003, seu trabalho agora será avaliar os sintomas dos pacientes por telefone. Qualquer pessoa que possa ter contraído o Sars-Cov-19 é avaliada inicialmente por telefone, para conter a propagação do vírus.
Em março, logo após o surto da epidemia de Covid-19 na Irlanda, o Health Service Executive, que é o serviço público de saúde desse país, apelou aos profissionais de saúde aposentados a se inscreverem em uma campanha de recrutamento em massa para ajudarem no enfrentamento da crise coronavírus. Cerca de 50.000 pessoas responderam à chamada. Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, divulgados neste domingo (05), a Irlanda registrou 158 mortes relacionadas à Covid-19, e 4.994 casos de contágio desde o início da epidemia.
Varadkar, 41 anos, foi eleito Taoiseach (primeiro-ministro) em junho de 2017. Ele pertence ao partido Fine Gael (que tem como proposta a unificação e a paz) é filho de um médico de origem indiana e de uma enfermeira.
Uma coisa boa dessa pandemia, é que ela tem despertado nas pessoas a solidariedade, a preocupação com o coletivo e com a saúde pública. A Irlanda é uma prova disso.
Talvez te interesse ler também:
Rede de solidariedade: como ajudar os mais vulneráveis durante a pandemia
Dublin: quando visitar e o que fazer na capital da Irlanda e arredores
E se o Coronavírus infectar granjas e abatedouros?
Coronavírus: redução no número de pacientes em terapia intensiva pela primeira vez na Itália
ASSINE NOSSA NEWSLETTER