Em SP, a imagem chocante das dezenas de covas abertas para receber as vítimas do coronavírus


Será que estamos preparados para ver a foto que o jornal estadunidense The Washington Post publicou sobre o crescente número de enterros em um cemitério de São Paulo por causa das mortes provocadas pelo novo coronavírus?

O cemitério da Vila Formosa, o maior da América Latina, foi destaque no The Washington Post, dessa quinta-feira (2), ao mostrar dezenas de covas abertas para receber as vítimas do coronavírus.

O jornal El Pais, ao publicar a imagem, disse tratar-se de uma decisão difícil torná-la pública, a fim de garantir a preservação da dor e do luto dos familiares das vítimas. Entretanto, é preciso abordar a dimensão da pandemia do coronavírus no Brasil, tratada como uma “fantasia” pelo presidente Jair Bolsonaro.

Fonte foto: Veja

Números que não espelham a realidade

Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados pelo G1, são 8.076 infectados e 329 mortos no Brasil. Entretanto, de acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, esses números não espelham a realidade avassaladora do vírus no Brasil. Há muitos casos de óbitos sem confirmação para a Covid-19, porque não há testes suficientes e nem infraestrutura médico-hospitalar. Tampouco há material para importar, um problema com o qual todos os países do mundo estão lidando.

O estado de São Paulo é o mais afetado pelo novo coronavírus, sobretudo, a capital paulista, que concentra o maior número de casos confirmados e de óbitos do país. Na grande cidade, encontra-se este  cemitério enorme, que vem registrando ultimamente uma demanda tão alta por sepultamentos, que a necessidade de compra de equipamentos de segurança para os funcionários, fez-se emergencial por causa do risco de contaminação.

Como  informou a revista Veja, para se ter uma ideia, o cemitério tem aberto cerca de 100 novas covas diariamente – o dobro do habitual.

Segundo especialistas, este mês de abril, sobretudo a segunda quinzena, será a mais dura para o país, quando será colocada à prova se as medidas de isolamento social estão ou não funcionando.

Enquanto isso, no Equador, cenas de apocalipse com cadáveres espalhados pelas ruas esperando por um final digno.

Quando tudo isso vai passar?

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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