Não só o Brasil, mas o mundo inteiro abraçou Marielle Franco por sua luta e história de vida. Como mulher, preta, lésbica, favelada, ela estava no início de uma carreira política que tinha tudo para ser longa. Voz das minorias, seu assassinato violento e cruel segue sem solução, e agora com um agravante: o já famoso #quemestavanacasa58.
Deputados de partidos de oposição ao governo entraram ontem (4) com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal contra Jair Bolsonaro por crime de obstrução da justiça nas investigações do caso Marielle Franco.
No último sábado (2), o presidente declarou ter se apropriado dos áudios contendo as ligações do Condomínio Vivendas da Barra com o intuito, segundo ele, de evitar a adulteração do material.
O documento encaminhado ao STF, endereçado ao presidente da corte, Dias Toffoli, foi assinado por deputados do PSOL, do PT, do PDT e do PCdoB. A notícia-crime tem como alvo, ainda, um dos filhos do presidente — o vereador Carlos Bolsonaro, que também admitiu publicamente ter se apossado das gravações — e o Ministro Sérgio Moro.
As declarações de Jair e Carlos Bolsonaro se somaram às de um outro membro do clã, o deputado Eduardo Bolsonaro, que, em uma entrevista, aventou a possibilidade de se ressuscitar o AI5 caso a população fosse às ruas tal como vem acontecendo no Chile. Esse depoimento já havia motivado uma notícia-crime junto ao STF, cujo relator será o Ministro Gilmar Mendes.
As ações e falas dos Bolsonaro provocaram reações nos mais variados setores da sociedade, repercutindo também internacionalmente. Em resposta, foram convocadas MANIFESTAÇÕES, para esta terça-feira (5), pedindo por justiça para o caso Marielle e pela cassação de Eduardo Bolsonaro.
Que o recado das ruas ecoe por todo o país. Basta de impunidade! E ditadura nunca mais!
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