O mundo inteiro pediu por sua libertação, mas os apelos mundiais não serviram pra nada: Zeinab Sekaanvand, a menina-noiva que teria matado seu marido, depois de ter sido abusada por ele, foi executada no Irã, o único país do mundo a executar menores ao momento do crime.
Sua história havia entrado no coração do mundo inteiro: presa em 2011 aos 17 anos pelo assassinato de seu marido, com o qual a menina tinha sido forçada a se casar quando tinha apenas 15 anos de idade, Zeinab Sekaanvand foi executada na prisão de Urmia, no noroeste do Irã.
A notícia foi confirmada pela ONG Kurdish Hangaw Organisation for Human Rights e pela Anistia Internacional, que em Nota explica:
“Ele confessou depois de ter ficado presa por 20 dias em uma delegacia de polícia, onde – de acordo com o que ela havia relatado – havia sido espancada por agentes. O julgamento também foi gravemente irregular: Zeinab encontrou seu advogado, aquele designado para o cargo, apenas na última audiência do processo. Naquela ocasião, ela se retratou da “confissão” feita quando ela ainda não tinha assistência legal, denunciando que o assassino tinha sido o irmão de seu marido. Declarações ignoradas pelos juízes que a condenaram à morte em 22 de outubro”.
Como dissemos, Zeinab Sekaanvand fora detida quando tinha apenas 17 anos, após ter confessado o assassinato de seu marido. Posteriormente, em julgamento, a menina revelou ter sido coagida pelo cunhado a confessar o crime, o verdadeiro autor do crime, e após ter sofrido violência sexual também da parte deste.
Zeinab pertencia a uma família pobre curda-iraniana que tinha combinado o casamento dela com Hossein Sarmadi para sair da pobreza. A menina relatava repetidamente o comportamento violento de seu marido, mas nenhuma medida fora tomada. Ela tentou, sem sucesso, pedir o divórcio.
Em 29 de setembro, como diz a Anistia Internacional, Zeinab foi transferida para a enfermaria do hospital da Prisão de Urmia para fazer um teste de gravidez, resultado negativo no dia seguinte. Como resultado, a administração da prisão contatou sua família para informar que a última visita teria data marcada para o dia 1º de outubro. Àquela altura, seus parentes entenderam que a execução ocorreria no dia seguinte.
Atualmente, naquele país, pelo menos 80 outros menores aguardam pela execução no corredor da morte, amparados pelos braços da “Justiça”.
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