Esses Instagrammers mergulharam no lago tóxico para receber likes e agora estão adoecendo

Vários Instagrammers e influenciadores digitais adoeceram depois de posarem nas águas límpidas e azul-turquesa do Monte Neme, na Espanha.

Olhando para as fotos parece um paraíso, mas na realidade o lago surgiu no local a partir de uma antiga mina de tungstênio, um componente usado para fabricar lâmpadas e aço. A esplêndida cor do lago deve-se aos resíduos despejados nas águas durante a atividade de extração e processamento da substância química.

A mina operava na região da Galícia durante a Segunda Guerra Mundial e foi abandonada nos anos 1980, mas as águas azuis do lago permanecem poluídas com substâncias perigosas, fruto da atividade mineradora.

Entre os sintomas relatados por aqueles que mergulharam nas belas águas do lago em busca da foto perfeita constam irritações da pele, coceira nos olhos, vômitos e diarréia.

Os problemas de saúde resultantes do banho no lago turquesa, no entanto, não desencorajam os usuários do Instagram, convencidos de que vale a pena sofrer um pouco para publicar uma bela fotografia na conhecida rede social.

 

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Bañito mañanero en el Monte Neme. Disfrutón. Me la pelan las bacterias. He visto los memes y me descojono de vosotros, putos frikis. Me voy a bañar todos los putos dias del verano para demostraros que ni wolframio ni radioactivo ni nada, un bulo de 4 galegos raritos. #monteneme #neme #wolframio #soisunosenfermos

Un post condiviso da Selección natural (@izzyandtai) in data: 12 Lug 2019 alle ore 12:58 PDT

Alguns banhistas até não acreditam que seja perigoso e afirmam que as advertências são fruto de um alarmismo infundado.

Outros, por sua vez, argumentam que mergulharam por ignorarem os riscos do lago, já que não havia sinal de aviso ou proibição.

Galicians of late capitalism bañándose nunha antigua mina de wolframio pic.twitter.com/NnSJAADDtP

— Uxía (@uxiaabc) 5 giugno 2019

Difícil acreditar que os Instagrammers não estavam cientes da toxicidade da água, considerando que o lago é conhecido entre os locais como o “Chernobyl da Galícia”.

Um grupo ambientalista chamado Salvemos Cabana, no entanto, pediu às administrações locais para informar os cidadãos sobre os riscos que correm ao mergulhar nas águas contaminadas para limitar o acesso à área.

Manuel Ferreiro, médico do pronto-socorro do hospital de Coruña, recomenda a qualquer pessoa que tenha se banhado nas águas tóxicas do Monte Neme que se lave o mais rapidamente possível com água limpa.

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