“Precisamos acreditar que é possível construir uma sociedade mais tolerante onde nossas diferenças possam ser nossos pontos de encontros e nunca de exclusão”, declarou Ivanir dos Santos, babalaô e doutorando em História da UFRJ. Na última quarta-feira (17), ele recebeu um prêmio do Departamento de Estado do Governo dos Estados Unidos, em reconhecimento à sua atuação em defesa dos praticantes de religiões de matriz africana.
A homenagem se deu apenas seis dias depois de mais um ataque terrorista a um terreiro de candomblé. No dia 11 de julho, a sacerdotisa de um templo em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi obrigada, por traficantes armados que invadiram o local, a destruir as imagens e elementos sagrados.
Ivanir chamou a atenção para o caso durante a 1ª Caminhada Inter-Religiosa da Baixada Fluminense, realizada no dia 14, e cobrou atitude das autoridades responsáveis e pediu que o governador do Rio Wilson Witzel “abrisse o coração” para o problema.
“Eu não tenho dúvida de que se fosse uma sinagoga ou uma igreja cristã, a atitude do estado seria outra”, afirmou em entrevista ao G1.
Segundo o babalaô, somente no Estado do Rio de Janeiro, cerca de 200 terreiros estão ameaçados.
O sacerdote brasileiro compartilhou a homenagem com outros cinco líderes, de diferentes países, também reconhecidos por sua luta contra a intolerância: Mohamed Yosaif Abdalrahan, do Sudão; Iman Abubakar Abdullahi, da Nigéria; Pascale e William Warda, do Iraque; e Salpy Eskidjian Weiderud, do Chipre.
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Fonte Foto: G1.globo.com
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