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Acreditem, isso ainda acontece no mundo atual: 148 chicotadas e quase quatro décadas na prisão, esta foi a sentença que recebeu advogada a iraniana Nasrin Sotoudeh, por lutar de forma pacífica pelos direitos das mulheres e contra a repressão que elas sofrem no Irã!
Reza Khandan, marido da ativista iraniana, compartilhou ontem essa triste notícia, no Facebook dele, espaço que tem utilizado para divulgar informações sobre o que vem acontecendo com sua esposa.
O motivo dela ter sido condenada foi em decorrência de se opôr às imposições do Estado iraniano e ir contra as suas proibições, defendendo o fim da pena de morte e incentivando as mulheres iranianas a se liberarem do uso dos véus, o que é obrigatório no Irã.
Philip Luther, da Anistia Internacional contestou essa condenação dizendo:
“Nasrin Sotoudeh dedicou sua vida à defender os direitos das mulheres e a se manifestar contra a pena de morte.
É absolutamente ultrajante que as autoridades iranianas a estejam punindo por seu trabalho pelos direitos humanos.”
Uma mulher de 55 anos que atua como advogada no Irã defendendo os direitos humanos e que, por isso, foi presa em Junho do ano passado.
Nasrin Sotoudeh recebeu 9 acusações em dois julgamentos, um dos quais se deu, sem a sua presença.
Entre 2010 e 2013, ela foi presa com a acusação de fazer propaganda e conspirar contra o Estado iraniano.
Ela negou as acusações que lhe foram imputadas para fundamentar sua condenação.
Indignado com esta condenação, iHadi Ghaemi, o diretor executivo do Centro de Direitos Humanos do Irã (CHR), havia declarado:
“O Judiciário iraniano está punindo Sotoudeh por tentar defender o Estado de Direito e o direito à uma defesa justa em casos envolvendo acusados que enfrentam acusações politicamente motivadas. O judiciário iraniano está zombando de toda noção de justiça no Irã.”
Uma grande mobilização virtual está sendo feita e já foram colhidas milhões de assinaturas para protestar contra a condenação de Nasrin Sotoudeh.
Renza Khandan, o marido de Nasrim Soloudeh, em agradecimento ao apoio da Anistia Internacional e à mobilização em favor de sua esposa, escreveu:
“Queridos amigos, ativistas e associados da Anistia Internacional, tudo o que cada um de vocês está fazendo em diferentes países em apoio à Nasrin Sotoudeh, do campo às manifestações, e suas reações imediatas contra a condenação atroz infligida à ela, despertaram a atenção de todo o mundo sobre o caso, a tal ponto que o juiz foi forçado a dizer coisas sem sentido aos jornalistas para justificar a sentença.
Graças à vocês, Nasrin e sua condenação cruel tornaram-se um objeto de preocupação internacional.
Agradecemos todos os esforços e sacrifícios que estão fazendo e parabenizamos vocês e os defensores dos direitos humanos em todo o mundo pela solidariedade em favor das vítimas de violações.”
Cada um de nós pode ajudar a impedir esse absurdo e essa injusta sentença, assinando a petição acionando os países do G7 da ONU a usarem de suas influências diplomáticas e econômicas para acabar com a repressão do Estado iraniano sobre Nasrin Sotoudeh e à todas as mulheres do Irã.
Para assinar a petição, que já tem cerca de 1.181.526 assinaturas, e solicitar a libertação imediata de Narsin Sotoudeh CLIQUE AQUI.
Em pleno século XXI, padrões e condicionamentos que vão contra os direitos humanos precisam ser superados, pois estes só nos levam ao retrocesso alimentando a injustiça e a violência!
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