Acabamos de publicar um texto sobre a extinção do amor e nos deparamos com esta crônica policial: “Mulher é espancada por 4 horas em primeiro encontro com homem que conheceu nas redes”. Realmente o amor é qualquer coisa em extinção! E que não se enganem aqueles que buscam amor, ou mesmo um passa-tempo que seja, nas redes sociais, Facebook, Tinder, Instagram: amor é difícil de achar mas, o pior, é em vez dele, achar o ódio… assim cruel, assim violento.
Elaine Perez Caparroz só queria um aconchego. Depois de 8 meses de conversas virtuais, ela e Vinícius Batista Serra, preso em flagrante delito por tentativa de feminicídio, resolveram dormir abraçadinhos. Enquanto ele – provavelmente tendo premeditado o crime, seguia a execução de seu plano – ela acordava dentro de um pesadelo, tendo sido espancada durante quase 4 horas no dia do primeiro encontro com seu algoz, em sua própria casa, depois de um jantar oferecido por ela àquele que deveria ter sido um príncipe.
Como disse Kyra Grace, ex-cunhada da vítima:
“A gente nunca acha que pode chegar tão perto de nós. É uma sensação horrível, de aperto no peito, mãos atadas… ⠀
Vinicius Batista Serra, advogado, morador do Leme, no Rio de Janeiro, agrediu brutalmente uma mulher muito próxima da minha família de maneira premeditada e tentou o feminicídio.
Um monstro!
Ele foi preso em flagrante e como é de se esperar de todo covarde, está alegando surto psicótico para que seus advogados possam tentar uma pena mais branda. Em seu último depoimento disse que não lembra de nada.”
E o caso infelizmente não é o primeiro do gênero. De tudo aquilo que vira notícia (dado que a violência contra a mulher acontece não somente diariamente, como várias vezes por dia), quem aí se lembra de Tatiane Spitzner, arremeçada da janela pelo seu próprio marido?
Estes dois crimes têm algo terrivelmente em comum: mulheres precisam estar mais do que atentas a todos os sinais, seja no primeiro que no último encontro. Elaine estava em seu primeiro encontro mas Tatiane estava em seu último, com seu marido… Nenhuma delas teve tempo de escapar da violência. Tatiane infelizmente não teve como sobreviver. No caso da Eliane, esperamos que ela fique bem, pois ela está internada em um hospital no Rio de Janeiro com fraturas no rosto esperando por passar por uma cirurgia reparadora.
Realmente a gente nunca acha que alguém tão perto possa chegar tão longe. A tristeza é infinita!
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