Índice
O Brasil se despede da Copa com seus estádios novinhos em folha, saudade da festa e muita gente que dirá que os estádios não servirão para mais nada! Ainda que seja verdade e que o povo tenha todo o direito de reclamar, reivindicar e protestar, algumas das arenas acabaram por atingir as expectativas de construção. Temos metade das 12 arenas feitas – ou reformadas – para a Copa do Mundo 2014 certificadas. Além das abaixo descritas, se juntam à lista: o Centro de Desenvolvimento Esportivo em Osasco (SP), a Arena Grêmio (RS), deixando para o país a segunda posição mundial em construções desportivas com certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design – Liderança em Energia e Design Ambiental, em livre tradução).
O Mineirão é o ouro da nossa Copa em termos de estádio, pois recebeu o selo LEED Platinum, o mais alto grau de reconhecimento existente pela ONG GBC (Green Building Council).
Leia também:
O que faremos dos estádios e se em vez deles deveriam ser construídos hospitais é um outro discurso, assim como o é, o quanto foram superfaturados e o acidente ocorrido em Minas Gerais. Acreditamos que as coisas poderiam ter sido feitas de uma forma muito mais humana e democrática mas, uma vez que a Copa se foi e os estádios ficaram, nos resta tirarmos o melhor proveito do que foi construído, até porque, as Olimpíadas 2016 ainda estão sendo programadas para acontecerem aqui.
Entre os destaques das arenas esportivas temos o mundialmente famoso Maracanã (RJ), que foi palco de jogos da Copa do Mundo de 1950. Detentor da certificação LEED Prata, deverá ser bastante presente nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, abrigando cerimônias como as de abertura e encerramento, bem como disputas de diversas modalidades.
Haverá uma redução da ordem de 23% do custo operacional de consumo energético do estádio, além de 71,14% de redução do consumo de água potável e reaproveitamento total da água necessária na irrigação do gramado. Os painéis fotovoltaicos serão responsáveis por 9% da produção de energia no ambiente e conexão com os mais variados tipos de transporte público – 60 linhas de ônibus e metrô.
Entre as demais arenas que receberam a láurea, destacam-se as seguintes iniciativas sustentáveis:
Nesse espaço, houve uma redução da ordem de 67,6% no consumo de água potável, diminuição de 12,7% da energia consumida em um ano, 97% dos resíduos das obras do projeto tiveram destinos diferenciados, que não o aterro sanitário; a totalidade de tintas, selantes e colas foram fabricadas com baixo teor de compostos orgânicos voláteis; o controle da iluminação contemplou 97,44% das estações de trabalho e todas as áreas de acesso comum. Arena Fonte Nova (BA)
No estádio baiano, mais da metade (75%) de todos os resíduos do projeto de construção tiveram outra finalidade, para além de aterros, 1/5 de todo o material de construção era feito de materiais oriundos de reciclagem e 35% da energia é de fonte renovável – eólica e solar.
Aos pernambucanos, coube as estruturas de aço, com 87% de toda a matéria-prima oriunda de fontes recicladas e 17% da energia gerados com painéis fotovoltaicos.
Segundo o fundador de GBC, Rick Fedrizzi, tais iniciativas dão a vanguarda mundial ao Brasil, em termos de preocupação com a sustentabilidade. Inclusive, ajudando no fomento à economia e fornecedores brasileiros, o que incentiva toda uma nova indústria de construção civil com orientação à sustentabilidade.
Fonte foto: fotospublicas.com
ASSINE NOSSA NEWSLETTER