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O que falar de uma pessoa com uma história de lutas e de vitórias que covardemente foi executada a tiros em uma cidade armada até os dentes, neste país em guerra?
De tudo vem se falando, lágrimas, raiva, promessas de justiça, manifestações e muito mais. A luta que deu lugar ao luto não pode parar em meio ao fogo cruzado que a Cidade Maravilhosa, cartão postal do país, vem vivendo há anos.
E se fosse só o Rio! O Brasil é um país não apenas bonito, mas também violento, por natureza! E os anos se passam sem que a situação mude.
Por #mariellefrancopresente manifeste o teu repúdio ao cotidiano sanguinolento que somos obrigados a engolir, lembrando que os pobres são sempre os que sofrem mais.
A vida da 5ª vereadora mais votada no Rio, negra, favelada, mãe adolescente, mulher guerreira e sonhadora que sempre lutou por um país e uma sociedade melhor, mais justa e inclusiva, se apagou aos 38 anos de idade.
ONU, Anistia Internacional, Greenpeace, políticos, polícia, ao momento, todos bradam justiça mas realmente quando é que se esquecerão de MAIS esta vítima? O nosso medo é de que, em breve, tudo caia no esquecimento ou pior, seja encoberto por um outro crime, ou um por um outro absurdo dos absurdos brasileiros:
Ato Contra o Genocídio Negro, Marielle presente! Quinta-feira, 15 de março às 17:00 – 20:00 – Vão Livre do MASP- Avenida Paulista – São Paulo
Como disse Paulo Celestino: “além de ser o assassinato de um ser humano, é o assassinato de um sonho, de um outro país”.
Participe das manifestações! Brasil por Justiça! Brasil contra a violência! Chega de guerra!
Segundo Lorenço da Silva, diretor do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré e amigo de Marielle: “O recado foi para favela, não foi para esquerda branca e macho do Rio. Não se deram nem ao trabalho de fingir um crime comum. A ideia foi falar para o favelado: se cuida, vocês não têm espaço, não saiam, não gritem, não denunciem. Concordem!”. Na opinião dele, “o crime foi uma reação de setores armados do Estado à ascensão de uma favelada que podia levar a voz do morro — e denúncias — para espaços nobres de debate”.
Vidas nas favelas importam. Não calem suas vozes.
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