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Em agosto de 1945, nos finalmentes da II Guerra Mundial, os EUA lançou duas bombas atômicas sobre o Japão. As cidades de Hiroshima (em 6 de agosto) e Nagasaki (em 9 de agosto) foram destruídas. 240 mil pessoas, na maioria civis, morreram da maneira mais atroz – calcinados. E muitos outros, durante todas essas décadas, em decorrência da contaminação radioativa.
Lembrar é doloroso para todos mas, esquecer é morrer na inconsciência do mal que pode ser deflagrado em um apertar de botão – o botão do alvo.
Então, eu escrevo aqui para você que nos lê poder recordar, saber, tomar consciência de que a guerra é uma solução de interesse de poucos, para desgraça de muitos mas, que todos somos responsáveis pois, os que governam, aqueles que dão as ordens, só estão no poder porque nós, os civis, permitimos.
O Japão foi o único país a sofrer bombas atômicas sobre sua população civil em toda a história das guerras, até hoje.
A bomba atômica caiu sobre Hiroshima em uma manhã (8h15) de céu luminoso, quando sua população (1 milhão de habitantes) se preparava para o trabalho, a escola, a vida do dia a dia. Não houve aviso. O objetivo era, pelo terror, impedir que o país seguisse no Eixo.
Para cumprir com esse objetivo os Estados Unidos estimaram plausível matarem civis com uma única bomba, a primeira da história da Humanidade.
Três dias depois foi a vez de Nagasaki (escolhida em vez de Kyoto, por interesses pessoais de Roosevelt que gostava muito daquela cidade).
Você pode ver, nesta matéria da Patria Latina, fotos de antes e depois do bombardeio. Ou aqui, nesta matéria do The Times.
A explosão foi tão forte, tão destruidora que, para sempre, as sombras de pessoas ficaram impressas em paredes e no chão:
Muitos sobreviveram. Por sorte, no momento das explosões estariam em porões, ou ao coberto de paredes grossas, ou mais longe do epicentro.
As recordações não morreram – em muitas matérias nessas 7 décadas (como esta do Washington Post), que nos trazem essas lembranças, duras, amargas, e que não desaparecem da memória daqueles que as viveram.
Os que morreram do impacto, morreram sem se darem conta. Maior foi o sofrimento daqueles que ficaram morrendo aos poucos: os que sofreram queimaduras, os que tiveram membros destroçados, os que foram infinitamente contaminados e passaram anos de sua vida em meio à doenças que não conseguimos sequer imaginar.
E o pedido da ONU, 2017, pelo desarmamento nuclear dado que, “nosso sonho de um mundo livre de armas nucleares continua longe da realidade”.
É imprescindível que a união de todos, construa a paz dentro e fora de nós!
Uma música em homenagem – A Rosa de Hiroshima de Ney Matogrosso com seu poema singelo que, sozinho, conta toda a história que eu estou contando também:
“Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
Uma animação em mangá, de Barefoot Gen (1983), que conta – duro e verdadeiro – todo o horror do inferno
Seja você também um guerreiro pela paz, não se omita, não enfie a cabeça na terra (como dizem que faz o avestruz, e não é verdade), seja um cidadão planetário pois, sem paz, pode ter certeza, estaremos fadados à destruição.
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