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Como você se comporta diante da diferença? Se vê algo ou alguém que foge muito do que você considera “padrão”, qual é a sua atitude? E no caso da orientação sexual, o que você pensa a respeito? Tais perguntas, embora bem disseminadas de modo geral, continuam mostrando que ser diferente ainda é um problema para muitos. Pelo respeito à diversidade e conscientização da causa é que dia 17 de maio marca o Dia Internacional Contra a Homofobia.
A data passou a existir em homenagem à retirada do termo “homossexualismo” da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17 de maio de 1990, e visa conscientizar a população sobre a luta dos homossexuais, transexuais e transgêneros. Infelizmente, em pleno século XXI ainda há quem ignore, discrimine e até agrida fisicamente representantes dessa classe, baseado em algo irracional e sem sentido: o ódio à diferença.
Em 2016, por exemplo, o Grupo Gay da Bahia, por meio de um levantamento divulgado no blog Homofobia Mata, mostrou que mais de 343 mortes no Brasil foram causadas por crimes de homofobia. Todos os dias as pessoas acompanham casos e mais casos das mais diversas formas de discriminação à população LGBT.
Homofobia é um termo que quase todo mundo conhece, mas é mais abrangente do que o senso comum prega: os atos de violência física são apenas uma das formas de violência contra os LGBT. Aquele comentário aparentemente “inofensivo” mas carregado de preconceito contra eles também é homofobia. E por trás de tanto ódio e repulsa a essas minorias, existem fatos bastante esclarecedores.
Uma pesquisa, realizada por universidades americanas e britânicas, divulgada no Journal of Personality and Social Psychology, mostrou que a homofobia pode esconder um desejo retraído por indivíduos do mesmo sexo.
Por meio de experimentos com estudantes, os pesquisadores mediram a discrepâncias entre o discurso sobre orientação sexual e como eles se sentiam em testes de “atração sexual enrustida”.
A conclusão dos cientistas mostrou que os homofóbicos são, geralmente, pessoas em guerra contra elas mesmas que, por medo do julgamento alheio, escondem quem são de si mesmas e adotam comportamentos agressivos contra a população que eles se identificariam, caso não fossem reprimidos.
Dito isso, é importante esclarecer que ser homofóbico não denota grau de masculinidade e nem significa defender moral, aspectos religiosos ou estrutura familiar. Estudos como esse só provam que o ódio contra o próximo – como a homofobia – dizem muito sobre quem o pratica e só adoecem ainda mais a sociedade.
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