Kátia Martins, líder rural dos agricultores familiares, foi assassinada no 04 de maio passado, em sua própria casa, no assentamento “1º de Janeiro” há 130 km de Belém, Pará.
Segundo informou a CUT-PA a trabalhadora rural, de 43 anos foi emboscada em sua casa e assassinada por dois homens em uma motocicleta.
Kátia era presidente da Associação de Agricultores Familiares do assentamento “1º de Janeiro” e “lutava para garantir uma vida de qualidade para as famílias assentadas, praticantes da agricultura familiar. Porém, era perseguida, e já tinha sofrido diversas ameaças, por grupos que pretendiam ocupar as terras para vendê-las.
Pablo Esquerdo, do Sindicato dos Assalariados Rurais de Castanhal, município ao qual pertence o assentamento, considera que este crime tem características de execução.
O corpo de Kátia foi velado no assentamento o qual presidiu e enterrado em Capanema, município do nordeste paraense, onde mora sua família.
No Pará vem em aumento o número de assassinatos em decorrência dos conflitos de terra – segundo os dados coletados pela Pastoral da Terra, em “2014 ocorreram 36 mortes, subindo para 50 em 2015, enquanto que no ano passado foram registradas 61 mortes”.
Nós, do Greenme, nos solidarizamos com os familiares e amigos, companheiros de assentamento e luta de Kátia, com o Movimento de Agricultores Familiares e com todos aqueles que, em luta justa por um mundo melhor, tombaram pelas forças assassinas contratadas pelos que só querem a terra para lucros pessoais.
Aqui honramos a tantas outras mulheres valentes que também tombaram em decorrência de suas lutas por dignidade e melhor qualidade de vida no nosso continente:
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