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O nosso país sempre foi marcado por casos de corrupção na política. Mas não só, porque as nossas escolhas políticas refletem os nossos valores e crenças. Cotidianamente, somos testemunhas de casos de corrupção: quem sonega imposto, quem se recusa a pagar impostos trabalhistas a funcionários, quem fura fila e por aí vai. Mas, é claro, que esses casos não refletem, em absoluto, quem somos como sociedade. Existem, sim, muitas pessoas honestas entre nós.
O Razões para Acreditar conta uma história que mostra como podemos confiar nos outros e receber reciprocidade com essa atitude. Em Delfim Moreira, interior de Minas Gerais, a barraquinha do engenheiro aposentado Zé Cláudio pode ser encontrada na beira de uma estrada de terra da zona do rural do município.
Tem de tudo na vendinha dele, mas os principais produtos são frutas, verduras e legumes orgânicos. Até aí, não tem nada de diferente na barraca do seu Zé Cláudio, a não ser que ele (nem ninguém) trabalha para atender os clientes. Simplesmente, estes pegam os produtos que desejam e deixam o dinheiro no caixa.
Quem chega na barraca do Zé Cláudio, recebe informações sobre como funciona o método de pagamento por lá. Há várias plaquinhas com os dizeres “Pague e leve”, “Eu confio na sua honestidade”, “Obrigado por ser honesto”, “Você não está sendo filmado”. O que faz toda a diferença na atitude do seu Zé Cláudio é que ele não desconfia das pessoas, logo ele aposta no melhor delas. E elas confirmam sendo honestas.
O engenheiro aposentado trabalha o dia todo na roça, plantando os alimentos que vende na barraca. Por isso, ele não pode trabalhar na vendinha. Ele explica que a “barraca fica sem ninguém, porque nesse momento que não tem ninguém lá eu tenho que estar produzindo pra vender pra você”.
A ideia do seu Zé Cláudio veio de outros exemplos de honestidade que ocorrem aqui no país e, também, no exterior. Como ele vê os outros com bons olhos, acontece com ele a “lei do retorno”. “Estou vendo com bons olhos. Acredito, tenho certeza que esse é um dos caminhos pra que a gente reverta imagem de que o brasileiro é desonesto”, afirma.
Ele conta que a sua mulher, Maria de Fátima Pereira da Silva, não botava muita fé na ideia, no início. Mas a atitude do seu Zé Cláudio deu supercerto e as pessoas corresponderam dando o melhor que elas têm, assim como o seu Zé Cláudio. No final da tarde, o caixa da venda está sempre cheio.
Seria muito bom se essa moda pegasse, não é mesmo? Veja o vídeo da reportagem da EPTV:
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